ATA DA QÜINQUAGÉSIMA OITAVA SESSÃO ORDINÁRIA DA SEGUNDA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUARTA LEGISLATURA, EM 10-8-2006.

 


Aos dez dias do mês de agosto do ano de dois mil e seis, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e quinze minutos, foi realizada a segunda chamada, respondida pelos Vereadores Adeli Sell, Aldacir Oliboni, Bernardino Vendruscolo, Carlos Comassetto, Cassiá Carpes, Claudio Sebenelo, Dr. Goulart, Ervino Besson, Luiz Braz, Manuela d'Ávila, Maristela Maffei, Neuza Canabarro e Raul Carrion. Constatada a existência de quórum, o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram os Vereadores Alceu Brasinha, Almerindo Filho, Carlos Todeschini, Clênia Maranhão, Elias Vidal, Elói Guimarães, Haroldo de Souza, Ibsen Pinheiro, João Antonio Dib, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Maria Celeste, Mario Fraga, Maristela Meneghetti, Mauro Pinheiro, Mônica Leal, Nereu D'Avila, Paulo Odone, Professor Garcia, Sebastião Melo, Sofia Cavedon e Valdir Caetano. À MESA, foram encaminhados: pela Comissão de Defesa do Consumidor, Direitos Humanos e Segurança Urbana, os Pedidos de Providência nos 1248, 1249, 1250, 1251, 1252, 1253 e 1262/06 (Processos nos 2956, 2957, 2959, 2964, 2966, 2968 e 2989/06, respectivamente) e o Pedido de Informação nº 136/06 (Processo nº 2962/06); pela Vereadora Maria Celeste, os Pedidos de Providência nos 1599, 1600 e 1601/06 (Processos nos 4234, 4235 e 4236/06, respectivamente); pela Vereadora Maristela Maffei, o Pedido de Providência no 1602/06 (Processo no 4237/06). Ainda, foi apregoado o Ofício nº 715/06, de autoria do Senhor Prefeito Municipal de Porto Alegre, solicitando a retirada de tramitação do Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 004/06 (Processo nº 4141/06). Do EXPEDIENTE, constaram os Ofícios nos 10320295, 10320649, 10320812 e 10320842/06, do Fundo Nacional de Saúde do Ministério da Saúde. Na ocasião, constatada a existência de quórum deliberativo, foram aprovadas as Atas da Qüinquagésima Primeira, Qüinquagésima Segunda e Qüinquagésima Terceira Sessões Ordinárias e da Oitava Sessão Extraordinária da Segunda Sessão Legislativa Ordinária. Após, o Senhor Presidente registrou a presença do Senhor Mauro Zacher, Secretário Municipal da Juventude, convidando-o a integrar a Mesa dos trabalhos e concedendo a palavra a Sua Senhoria, que divulgou atividades a serem desenvolvidas em Porto Alegre, que integram a Semana Municipal da Juventude, a ocorrer de onze a vinte de agosto do corrente. Quanto ao tema, destacou que esse evento é oriundo de Projeto de Lei aprovado por esta Câmara, de autoria da Vereadora Manuela d’Ávila, enfatizando a importância da criação de instrumentos que viabilizem aos jovens a apresentação e o debate de idéias e iniciativas direcionadas a essa faixa etária. Na ocasião, o Senhor Presidente concedeu a palavra às Vereadoras Manuela d'Ávila e Maristela Maffei e aos Vereadores Carlos Comassetto e Ervino Besson, que se manifestaram sobre o assunto tratado pelo Senhor Mauro Zacher. Em GRANDE EXPEDIENTE, o Vereador Adeli Sell analisou o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 015/06, de sua autoria, que dispõe sobre as atividades de Concursos de Prognósticos para o custeio da Seguridade Social do Município de Porto Alegre e institui o Comitê Fiscalizador dos Jogos Eletrônicos. Nesse sentido, frisou que a prática do jogo é comum entre os brasileiros, declarando que esta Câmara tem pleno direito de elaborar normas para fiscalização e controle dessa área. O Vereador Cassiá Carpes abordou o Projeto de Lei do Executivo nº 021/05, que institui a Gratificação de Resultado Fazendário, apoiando a concessão de gratificações diferenciadas, segundo o local e a espécie de trabalho realizado. Ainda, classificou como positivo o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 015/06, questionando, contudo, a oportunidade do momento para debate desse assunto, em face da proximidade das eleições programadas no País para outubro do corrente. Em PAUTA, Discussão Preliminar, estiveram: em 1ª Sessão, o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 017/06, discutido pelo Vereador Bernardino Vendruscolo, os Projetos de Lei do Legislativo nos 256/04, 020, 093, 130, 146, 148, 149, 160, 161, 162 e 152/06, este discutido pelo Vereador Professor Garcia, os Projetos de Resolução nos 082, 085 e 086/06; em 2ª Sessão, o Projeto de Lei do Legislativo nº 172/06; em 3ª Sessão, os Projetos de Lei do Legislativo nos 138 e 142/06, este discutido pelo Vereador Bernardino Vendruscolo, o Projeto de Lei do Executivo nº 021/06, discutido pelos Vereadores Claudio Sebenelo, Carlos Comassetto, Carlos Todeschini e Professor Garcia, os Projetos de Resolução nos 081 e 084/06. Às quinze horas e sete minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às quinze horas e nove minutos, constatada a existência de quórum. Na oportunidade, em face de manifestações e Questões de Ordem formuladas pelos Vereadores Carlos Comassetto, Margarete Moraes, Luiz Braz e Ervino Besson, o Senhor Presidente prestou informações acerca das normas regimentais para manifestação do público presente a esta Sessão. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Cassiá Carpes abordou a situação econômica vivenciada pelo Município, criticando a gestão do Partido dos Trabalhadores quando na direção da Cidade e salientando déficits nas finanças públicas encontrados pelo Senhor José Fogaça ao assumir como Prefeito de Porto Alegre. Também, manifestou-se quanto à Concorrência Pública nº 001/06, do Departamento Municipal de Limpeza Urbana, e abordou o Projeto de Lei do Executivo nº 021/06. A Vereadora Maristela Maffei saudou o Sport Club Internacional, pela vitória alcançada ontem, no jogo contra a equipe do São Paulo Futebol Clube, pela Copa Toyota Libertadores. Além disso, comentou a presença, na Casa, de funcionários da Secretaria Municipal da Fazenda, que acompanham a apreciação do Projeto de Lei do Executivo nº 021/06, e anunciou que pretende protocolar proposição proibindo a utilização de muros como espaço para veicular propaganda eleitoral. A Vereadora Manuela d'Ávila contestou afirmações do Vereador Cassiá Carpes, referentes ao Projeto de Lei do Executivo nº 021/06, mencionando posicionamento da Bancada do PTB quanto à votação de propostas atinentes ao funcionalismo municipal. Ainda, apoiou o Projeto de reforma do ensino universitário, em debate no Congresso Nacional, e convidou a todos para o seminário “TV e Rádio Digital: desafios tecnológicos, econômicos e socioculturais”, a ocorrer amanhã, na PUC-RS. A Vereadora Sofia Cavedon criticou a gestão do Governo Municipal, formulando questionamentos sobre o andamento de obras públicas e argumentando que aumentaram os gastos da Prefeitura de Porto Alegre, sem melhoria dos serviços oferecidos à população. Nesse sentido, protestou contra a política aplicada ao funcionalismo público municipal e rechaçou mudanças implementadas na realização de serviços do Departamento Municipal de Limpeza Urbana – DMLU. O Vereador Claudio Sebenelo desaprovou ações na área da coleta de lixo municipal durante os mandatos do Partido dos Trabalhadores, sustentando que ocorreram irregularidades no DMLU nessa época e que os detritos não tiveram destinação correta. Além disso, reprovou o desempenho do Governo Federal na área educacional, afirmando que professores de Universidades Federais são mal remunerados e que não existe uma linha de ação governamental bem definida nesse campo. O Vereador Paulo Odone discorreu acerca das políticas desenvolvidas pelo Governo Municipal e por este Legislativo em relação à juventude porto-alegrense, citando iniciativas que buscam aumentar a inclusão social, cultural e econômica da classe estudantil. Ainda, mencionando caso de adolescente que se suicidou em Porto Alegre no dia vinte e sete de julho do corrente, refletiu acerca da importância da assistência, por parte da família e de órgãos públicos, a jovens com dificuldades de integração. O Vereador João Antonio Dib referiu-se a atrasos na execução de obras durante a gestão do Partido dos Trabalhadores em Porto Alegre, destacando as ações do atual Governo Municipal na continuidade dos trabalhos de conclusão da III Perimetral e do Conduto Forçado Álvaro Chaves. Ainda, lembrou irregularidades investigadas por este Legislativo, em mil novecentos e noventa e dois, na área da limpeza urbana, afirmando que problemas dessa natureza são antigos na Cidade. O Vereador Ervino Besson saudou a vitória obtida pelo Sport Club Internacional em jogo de futebol realizado ontem contra o São Paulo Futebol Clube. Também, discorreu a respeito da situação de desemprego verificada atualmente no Brasil, especialmente entre os jovens, mencionando como um fato agravante nesse processo a não-instalação da montadora de carros da Ford do Rio Grande do Sul, bem como a burocracia e a falta de incentivo para o desenvolvimento de empresas no País. A seguir, constatada a existência de quórum, foi iniciada a ORDEM DO DIA e aprovado Requerimento verbal formulado pelo Vereador Luiz Braz, aditado pela Vereadora Sofia Cavedon, solicitando alteração na ordem de apreciação da matéria constante na Ordem do Dia, conforme deliberado pelo Colégio de Líderes. Em Votação, foram votados conjuntamente e aprovados os Requerimentos nos 245/05, 101, 105, 106 e 107/06, após serem encaminhados à votação pela Vereadora Sofia Cavedon. Em Discussão Geral e Votação Nominal, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 059/06, por vinte e seis votos SIM, tendo votado os Vereadores Adeli Sell, Aldacir Oliboni, Bernardino Vendruscolo, Carlos Comassetto, Claudio Sebenelo, Elias Vidal, Elói Guimarães, Ervino Besson, Haroldo de Souza, Ibsen Pinheiro, João Antonio Dib, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Luiz Braz, Manuela d'Ávila, Maria Celeste, Mario Fraga, Maristela Maffei, Maristela Meneghetti, Mônica Leal, Nereu D'Avila, Neuza Canabarro, Paulo Odone, Professor Garcia, Raul Carrion e Sofia Cavedon. Em Discussão Geral e Votação Nominal, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 030/06, por vinte e sete votos SIM, tendo votado os Vereadores Adeli Sell, Alceu Brasinha, Aldacir Oliboni, Bernardino Vendruscolo, Carlos Comassetto, Claudio Sebenelo, Clênia Maranhão, Elias Vidal, Ervino Besson, Ibsen Pinheiro, João Antonio Dib, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Luiz Braz, Manuela d'Ávila, Margarete Moraes, Maria Celeste, Mario Fraga, Maristela Maffei, Maristela Meneghetti, Mônica Leal, Nereu D'Avila, Neuza Canabarro, Paulo Odone, Professor Garcia, Raul Carrion e Sofia Cavedon. Em Discussão Geral e Votação Nominal, esteve o Projeto de Lei do Legislativo nº 044/06, o qual teve sua votação adiada por uma Sessão, a Requerimento, aprovado, de autoria do Vereador Professor Garcia, tendo se manifestado a respeito os Vereadores Aldacir Oliboni e João Antonio Dib. Em Discussão Geral e Votação Nominal, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 096/06, por vinte e oito votos SIM, tendo votado os Vereadores Adeli Sell, Alceu Brasinha, Bernardino Vendruscolo, Carlos Comassetto, Claudio Sebenelo, Clênia Maranhão, Elias Vidal, Elói Guimarães, Ervino Besson, Haroldo de Souza, Ibsen Pinheiro, João Antonio Dib, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Luiz Braz, Manuela d'Ávila, Margarete Moraes, Maria Celeste, Mario Fraga, Maristela Maffei, Maristela Meneghetti, Mônica Leal, Nereu D'Avila, Neuza Canabarro, Paulo Odone, Professor Garcia, Raul Carrion e Sofia Cavedon. Em Discussão Geral e Votação Nominal, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 097/06, por vinte e nove votos SIM, tendo votado os Vereadores Adeli Sell, Alceu Brasinha, Aldacir Oliboni, Bernardino Vendruscolo, Carlos Comassetto, Carlos Todeschini, Claudio Sebenelo, Clênia Maranhão, Elias Vidal, Ervino Besson, Haroldo de Souza, Ibsen Pinheiro, João Antonio Dib, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Luiz Braz, Manuela d'Ávila, Margarete Moraes, Maria Celeste, Mario Fraga, Maristela Maffei, Maristela Meneghetti, Mônica Leal, Nereu D'Avila, Neuza Canabarro, Paulo Odone, Professor Garcia, Raul Carrion e Sofia Cavedon. Em Renovação de Votação Nominal, 2º Turno, foi aprovado o Projeto de Emenda à Lei Orgânica nº 005/05, com ressalva da Emenda a ele aposta, por vinte e nove votos SIM, tendo votado os Vereadores Adeli Sell, Alceu Brasinha, Aldacir Oliboni, Bernardino Vendruscolo, Carlos Comassetto, Claudio Sebenelo, Clênia Maranhão, Elias Vidal, Ervino Besson, Haroldo de Souza, Ibsen Pinheiro, João Antonio Dib, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Luiz Braz, Manuela d'Ávila, Margarete Moraes, Maria Celeste, Mario Fraga, Maristela Maffei, Maristela Meneghetti, Mônica Leal, Nereu D'Avila, Neuza Canabarro, Paulo Odone, Professor Garcia, Raul Carrion, Sebastião Melo e Sofia Cavedon. Em Renovação de Votação Nominal, 2º Turno, foi aprovada a Emenda nº 03 aposta ao Projeto de Emenda à Lei Orgânica nº 005/05, por vinte e seis votos SIM, tendo votado os Vereadores Adeli Sell, Aldacir Oliboni, Bernardino Vendruscolo, Carlos Comassetto, Claudio Sebenelo, Elias Vidal, Ervino Besson, Haroldo de Souza, Ibsen Pinheiro, João Antonio Dib, João Bosco Vaz, Luiz Braz, Manuela d'Ávila, Margarete Moraes, Maria Celeste, Mario Fraga, Maristela Maffei, Maristela Meneghetti, Mônica Leal, Nereu D'Avila, Neuza Canabarro, Paulo Odone, Professor Garcia, Raul Carrion, Sebastião Melo e Sofia Cavedon. Na oportunidade, o Vereador Carlos Todeschini registrou sua intenção de votar favoravelmente à Emenda nº 03, aposta ao Projeto de Emenda à Lei Orgânica nº 005/05. Em Discussão Geral e Votação, esteve o Projeto de Lei do Legislativo nº 192/04, o qual teve sua discussão adiada por uma Sessão, a Requerimento, aprovado, de autoria da Vereadora Mônica Leal. Em Discussão Geral e Votação, foram aprovados o Projeto de Lei do Legislativo nº 157/03 e as Emendas nos 01 e 02 a ele apostas. Em Discussão Geral, 1ª Sessão, esteve o Projeto de Resolução nº 155/05, discutido pelas Vereadoras Margarete Moraes e Clênia Maranhão. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 056/06, após ser discutido pelo Vereador Raul Carrion. Às dezessete horas e dez minutos, o Senhor Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando os Senhores Vereadores para a Sessão Ordinária da próxima segunda-feira, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelos Vereadores Dr. Goulart e Luiz Braz e secretariados pelo Vereador Haroldo de Souza. Do que eu, Haroldo de Souza, 1º Secretário, determinei fosse lavrada a presente Ata, que, após distribuída e aprovada, será assinada por mim e pelo Senhor Presidente.

 

 


O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): O Sr. Mauro Zacher, Secretário da Juventude, está com a palavra.

 

O SR. MAURO ZACHER: Sr. Presidente, Ver. Dr. Goulart; obrigado pela oportunidade que dá à Secretaria Municipal da Juventude, justamente para que nós possamos convidar esta Casa e também podermos divulgar a Semana da Juventude que inicia dia 12. Essa Semana é um Projeto de Lei aprovado por esta Casa, proposto pela Verª Manuela, e nós estamos fazendo dessa Semana um momento muito especial para nossa juventude.

Conseguimos, de maneira democrática, a participação de diversos segmentos organizados da juventude que tiveram a oportunidade de discutir conosco a maneira como queriam essa Semana da Juventude. Afinal de contas, a Semana da Juventude é uma conquista da juventude de nossa Cidade.

Nós iniciaremos no dia 11, com um ato lá na Assembléia, em conjunto com a UMESPA - amanhã é Dia do Estudante -, depois nós teremos a abertura oficial da Semana da Juventude, Ver. Dr. Goulart, no dia 12 de agosto, às 14 horas de sábado, lá no Centro de Eventos Casa do Gaúcho, com a presença e uma palestra do MV Bill - um ícone, hoje, da juventude -, que irá fazer um grande debate com os jovens da Cidade; e, por toda Semana, nós teremos diversas atividades, palestras, oficinas, mostras de cinema com os jovens. Teremos a presença, também, da ONG AfroReggae, do Rio de Janeiro, que irá fazer diversas oficinas durante a Semana.

Nós iremos fazer a aula inaugural do ProJovem; iniciamos mais vinte núcleos em Porto Alegre, isso representa mais de dois mil jovens em sala de aula. Estamos conseguindo chegar às metas estabelecidas que nós tínhamos em relação ao ProJovem. Então, no dia 16, nós estaremos fazendo mais uma aula inaugural para esses jovens que estão chegando ao ProJovem.

E, no final dessa Semana da Juventude, nós teremos mais uma Tenda da Juventude, no dia 20 de agosto, lá no Brique da Redenção, com a banda Cachorro Grande - uma banda reconhecida aqui do Rio Grande do Sul -, finalizando essa Primeira Semana da Juventude.

Este Projeto de Lei foi proposto pela Verª Manuela e aprovado por esta Casa, e nós queremos, então, que essa seja uma Semana em que os jovens possam participar, discutir, apresentar projetos, mostrar a força da juventude da nossa Cidade. E eu gostaria muito de contar com a presença dos Vereadores, pois se trata da Primeira Semana da Juventude, daí a importância de os Vereadores reconhecerem este movimento organizado e essa Semana destinada aos jovens da nossa Cidade.

Eu acho que é o suficiente. Eu gostaria, então, da presença de vocês, para que a gente possa, nessa Semana, mostrar a força dos jovens da nossa Cidade. Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. MANUELA D’ÁVILA: Sr. Presidente, Sr. Secretário Mauro Zacher, apenas para registrar que muitas vezes nós ouvimos críticas às leis, ou à atuação da nossa Casa. Essa foi uma Lei criada nesta Casa, com uma Emenda garantida no Orçamento, e a Prefeitura tratou de executar. Então, eu apenas gostaria de registrar isso, Secretário. Vocês, evidentemente, cumpriram o papel, e quando nós vemos isso acontecendo para a juventude da nossa Cidade, é muito importante. Obrigada, Presidente.

 

A SRA. MARISTELA MAFFEI: Sr. Presidente; Secretário Mauro Zacher, eu quero dizer que, em nome da Bancada do PSB, nós queremos nos somar a esta iniciativa, seremos parceiros. Provavelmente, temos algumas divergências pontuais, mas, no conjunto das ações... Na semana passada, estivemos, eu e o Deputado Federal Beto Albuquerque, entregando ao Prefeito Fogaça, por meio de uma articulação nacional, 100 mil reais para uma pista de esqueite, que será construída no Parque Marinha, e também 500 mil reais, do Ministério da Ciência e Tecnologia, para a aquisição de novos computadores, novos sistemas, na política de inclusão dos nossos Telecentros. Portanto nós sempre seremos parceiros em tudo aquilo que for possível, porque sabemos que essas são políticas inclusivas que tratam, justamente, dos nossos jovens. Obrigada.

 

O SR. CARLOS COMASSETTO: Sr. Presidente, Ver. Dr. Goulart; prezado Secretário Mauro Zacher, em nome do meu Partido, o Partido dos Trabalhadores, quero cumprimentá-lo e dizer que discutir políticas para a juventude nada mais é do que termos uma postura clara de afirmação da cidadania e de trabalharmos os problemas sociais, políticos, econômicos, e encontrarmos soluções conjuntas.

Nesse sentido, o senhor é coordenador de um Programa do Governo Federal, em convênio com o Município, chamado ProJovem, que atende aproximadamente dois mil jovens em Porto Alegre. O objeto do Programa Federal é para sete mil jovens, numa totalidade.

Quero dizer que continuamos com a afirmação das políticas da Nação ao Município. Muito obrigado.

 

O SR. ERVINO BESSON: Meu caro colega, estimado Vereador e Secretário Municipal da Juventude, em nome da Bancada do PDT, nós queremos cumprimentá-lo e saudá-lo por esta brilhante iniciativa. Acho que todos nós queremos uma mudança neste País. E de onde a mudança tem que partir? Do primeiro alicerce vivo, que é a nossa juventude. E eu falo com muita honra, a pedido do nosso estimado colega Ver. Bernardino Vendruscolo, em nome, também, da Bancada do PMDB.

Apesar de, nesses últimos dias, V. Exª ter recebido uma crítica injusta, V. Exª comprovou que aquela matéria não era verídica. É assim que se faz, é assim que se clareiam as dúvidas que acontecem. E V. Exª saiu de um patamar elevadíssimo: comprovou que aquela matéria não era verídica, e saiu fortalecido da situação.

Portanto em nome das Bancadas do PDT e do PMDB, parabéns pela iniciativa. E nós, na medida do possível, estaremos lá o abraçando, assim como o restante da juventude que estará presente, e tenho certeza de que será de uma representatividade muito grande. Parabéns, Secretário! (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Obrigado, Ver. Mauro Zacher, Secretário da Juventude.

Passamos ao

 

GRANDE EXPEDIENTE

 

O Ver. Adeli Sell está com a palavra em Grande Expediente.

 

O SR. ADELI SELL: Caro Presidente, Dr. Goulart; colegas Vereadores e Vereadoras, cidadãs e cidadãos, uma saudação especial aos servidores da Secretaria Municipal da Fazenda que acompanham esta discussão. (Palmas.)

Eu vou comentar um Projeto de Lei Complementar deste Legislativo, que eu proponho, que tem muito a ver com a arrecadação da Prefeitura de Porto Alegre, e eu espero começar tendo o apoio da Secretaria da Fazenda, porque eu proponho, concretamente, o seguinte: (Lê.): “O projeto dispõe sobre as atividades de Concursos de Prognósticos para o custeio da Seguridade Social do Município de Porto Alegre, de acordo com o art. 195, inciso III, da Constituição da República Federativa do Brasil, e com a art. 26, § 1º da Lei Federal nº 8.212, de 24 de julho de 1991, e alterações posteriores, e institui o Comitê Fiscalizador dos Jogos Eletrônicos no Município de Porto Alegre”. Pois o meu Projeto quer enfrentar um problema, no disposto no art. 205, Ver. Cássia, está dito que o Município pode legislar sobre concursos de prognósticos, jogos, bingos, jogos eletrônicos; não é no art. 22, como alguns querem dizer, porque este fala em sorteio. Qualquer pessoa medianamente instruída e atenta ao tema sabe que o art. 22 fala em sorteios; sorteios de automóveis, aqueles que a gente compra por leasing, ali fala de sorteio. O que fala de jogos, na verdade, é o art. 205.

E tem uma hipocrisia neste Brasil, Ver. Braz, uma brutal hipocrisia, porque saiu nesta semana a bandalheira em alguns jogos oficiais, oficializados, e vimos, durante a Copa, todo dia o jogo do Faustão, sem fiscalização, e aí fecham os bingos, desempregando, só aqui em Porto Alegre, diretamente, duas mil pessoas.

 

O Sr. Luiz Braz: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Adeli Sell, eu quero cumprimentar V. Exª, porque o seu Projeto traz, realmente, uma possibilidade de se arrecadar mais no Município de Porto Alegre e também vem em defesa da sociedade, porque traz mecanismos para que essas casas de jogos possam ser fiscalizadas pela Prefeitura Municipal. Cumprimento Vossa Excelência.

 

O SR. ADELI SELL: Já sei que V. Exª pretende fazer duas Emendas, cujo conteúdo eu conheço e com o qual concordo plenamente, sobre o controle das máquinas através de uma relação, com uma autoridade competente, que seria a Universidade Federal, e não essa barbaridade que acontece, havendo maquininhas por todos os lados, sem nenhum controle. O Governo fazendo de conta que não é da sua competência, que não é um problema seu, enquanto nós poderíamos estar arrecadando 5% para o Previmpa, mais os 5% do ISS, e não teríamos a dificuldade financeira do Município de Porto Alegre.

 

O Sr. Bernardino Vendruscolo: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Adeli, eu quero cumprimentá-lo e dizer que o apóio em cem por cento, até porque uma outra grande demagogia que nós temos aí é a proibição do jogo do bicho. No entanto, o vemos em todas as esquinas de Porto Alegre.

 

O SR. ADELI SELL: Dentro de casas lotéricas, oficializadas pela Caixa Econômica Federal.

 

O Sr. Bernardino Vendruscolo: É uma grande verdade, exatamente, lá tem jogo do bicho. E por que é que eles não pagam impostos? Pela ignorância, pela teimosia dos órgãos competentes. Eu quero cumprimentá-lo.

 

O SR. ADELI SELL: Exatamente, porque uma digna senhora da sociedade brasileira, esposa de um Presidente da República, não gostava de jogos, e, a partir disso, o jogo existe no Brasil, é descarado, e nós estamos com essa hipocrisia, vivendo na ilegalidade; aí sim é que começa o problema do ilícito, Ver. Neuza Canabarro. Nós, sim, somos pela legalidade, nós somos pelo controle da coisa pública, Ver. Mario, isso já foi um momento importante, inclusive para o esporte. O art. 205 deixa claro que podemos, sim, legislar, o Município tem essa possibilidade, e nós vamos fazer isso. Eu já conversei com a maioria dos Vereadores, Verª Maristela Maffei, e a maioria diz sim; nós vamos aprovar, nós vamos ter maioria, nós vamos votar. Já apresentei para o Prefeito Municipal, para o Secretário da Fazenda, para o Presidente do Previmpa, enfim, para as autoridades, e acompanhei isso com juristas renomados aqui de Porto Alegre, e todos dizem que eu tenho razão. O Ver. Braz, inclusive, foi uma das primeiras pessoas que leram, que me procuraram, que estão fazendo sugestões ao Projeto, o que vai tornar Porto Alegre a vanguarda nessa questão, e nós vamos mostrar para o Congresso Nacional que nós sabemos legislar, enquanto o Congresso Nacional faz uma CPI que não discute coisa nenhuma e não apresenta um projeto de lei. Se os Deputados são incapazes de apresentar isso, a Câmara de Porto Alegre será capaz de fazê-lo, meu caro Ver. Garcia.

 

O Sr. Professor Garcia: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Adeli, obrigado pelo aparte, mas quero fazer uma demonstração, porque acho que é importante esse tema, e V. Exª sabe que eu, que sou oriundo do esporte, sei como os bingos ajudaram na questão do esporte no Brasil. Mas quero lembrar a V. Exª, e gostaria até de saber da sua posição, que foi o seu Presidente que fechou todos os bingos no País.

 

O SR. ADELI SELL: Eu sei, ninguém precisa me dizer. Eu estou dizendo que eu sou contra, que acho que isso é hipocrisia, entendeu? Não é porque aconteceu o que aconteceu que nós vamos fechar os olhos! Eu não sou daqueles que vêm aqui e que batem no peito, só porque o meu Partido fez ou deixou de fazer, que vêm defender coisas que são indefensáveis. O jogo existe. Eu, inclusive, sou uma pessoa que nem gosto de jogo, não jogo! Agora, não sou hipócrita; no meu Projeto, Vereador, eu proponho, inclusive, uma comissão de acompanhamento, que diz o seguinte: a comissão terá a entidade representativa dos trabalhadores, dos usuários, das entidades de proteção ao consumidor, do Governo Municipal e dos profissionais de psicologia. Por que psicologia? Porque, inclusive, nós queremos que as empresas os tenham à disposição daquelas pessoas que possam ter dependência, pois o jogo, às vezes, pode causar dependência, como o álcool causa dependência; o vinho é um alimento, mas, se tomado em exagero, pode causar dependência.

Portanto, vamos parar com a hipocrisia. Vamos parar com a hipocrisia e vamos enfrentar essa questão, eu estou vendo o amplo apoio que esta Casa está dando a esse Projeto. Não é um Projeto do Adeli, porque uma das primeiras coisas que eu aprendi aqui foi, inclusive, com pessoas que não apresentaram o Projeto agora, mas de cujas pessoas eu ouvi as primeiras intervenções: Nereu D'Avila, Luiz Braz e de outras pessoas que vieram aqui tratar desse tema. Eu simplesmente tive a capacidade, porque conversei com pessoas e descobri que há um viés legal para fazer isso. Portanto, não é nenhuma descoberta, se os Vereadores quiserem assinar esse Projeto comigo, esse Projeto deixa de ser meu e passa a ser de toda a Câmara Municipal de Porto Alegre. Porque aqui ninguém quer ser dono da verdade, Ver. Ervino Besson, aqui nós queremos, sim, aprovar um Projeto de Lei, que ajude a nossa Cidade, que garanta a Previdência Social, que garanta o ISS, porque esse é o imposto mais importante que nós temos na Cidade; o mais importante, o que tem a maior arrecadação para os cofres da Prefeitura e nós mudamos várias coisas no ISS aqui.

Eu lembro, por exemplo, que a gente igualou os flats com os apart-hotéis, e diziam que era inconstitucional, iriam fazer uma ADIn. Hoje não, todos pagam de forma igual, porque todos são meios de hospedagem.

Esta Casa legislou sobre questões tributárias, esta Casa é vanguarda e vai-se tornar vanguarda, Ver. Vendruscolo, como V. Exª bem colocou, porque aqui há coragem e determinação de fazer leis, de aplicá-las, de fiscalizá-las, de ir ao encontro dos anseios da população.

E, para concluir, nós vamos colocar de volta os empregos dessas pessoas que hoje estão desempregadas, que poderiam estar trabalhando, pagando as suas contas, suas famílias vivendo com dignidade.

Então, nós não vamos nos esconder. Não vamos nos esconder! Vamos tratar desse tema com a seriedade que ele merece, porque nós somos daqueles que lutam pela legalidade. Ontem ainda, Ver. Sebenelo, estive em Pelotas, no Ministério Público, tratando da crise das locadoras de vídeo por causa da pirataria. Em Rio Grande, tem uma empresa de gravação dentro do camelódromo; aluga CD pirata por um real, e as locadoras, que pagam impostos, estão quebrando. Estavam lá o Ministério Público e a Polícia Federal.

Portanto, nós já temos uma história de luta pela legalidade. Por isso que nós queremos o seu apoio, por isso nós queremos o apoio do Governo Municipal, da Secretaria da Fazenda, do Previmpa, porque esse Projeto é muito importante para aquilo que a gente quer aqui, Verª Manuela d'Ávila, que é, de uma vez por todas, enterrar a hipocrisia que existe na sociedade brasileira e que faz ouvidos moucos para aquilo que, de fato, já existe na sociedade. Nós queremos, portanto, a legalização. E todo mundo sabe que nós vamos cobrar a fiscalização. Não haverá trambicagem, porque nós vamos garantir aquilo que deve ser garantido: o controle absoluto sobre essas máquinas e sobre o próprio bingo. Muito obrigado, meu caro Presidente.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): O Ver. Cassiá Carpes está com a palavra em Grande Expediente, por cedência de tempo do Ver. Alceu Brasinha.

 

O SR. CASSIÁ CARPES: Sr. Presidente, Ver. Dr. Goulart; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores; senhoras e senhores, imprensa, funcionários da Secretaria Municipal da Fazenda, que estão aqui presentes para o debate, para a satisfação desta Casa, eu quero aqui aproveitar para dar a minha opinião e, ao mesmo tempo, salientar que sou a favor da gratificação - para melhor rendimento, para valorizar o funcionário - para algumas camadas que são prioritárias para o Governo Municipal. Portanto, entendo que essa gratificação é bem-vinda.

Quero lembrar-lhes que, quando Secretário da SMOV, eu estive com o Prefeito, e lá me foi assegurado que sairia uma gratificação aos funcionários da SMOV, aos revisores, já que a maioria deles já se aposentou. E muitos - é bom salientar - estão indo para outros órgãos, por exemplo, como a Saúde, o DMAE, para ganhar mais. Não! Eles devem ficar na sua Secretaria de origem, porque são técnicos especializados, têm que ser valorizados com gratificação dentro da sua Secretaria. (Palmas.)

Então, eu concordo plenamente que tem que ser particularizado, porque cada Secretaria tem a sua peculiaridade, tem a sua atribuição, e lá é que tem que ser, sem dúvida, Ver. Vendruscolo, a sua valorização, porque quem sabe, quem rende, quem tem o aspecto positivo para fazer crescer a Administração Municipal é o funcionário público. Até estou suscitando ao meu Gabinete, não tive resposta até agora, pois, tão logo reassumi a minha cadeira nesta Casa, eu coloquei dois pedidos para o Prefeito, os quais não tinham sido cumpridos; quero deixar bem claro. Um, foi a gratificação para os funcionários da SMOV, os revisores, que a maioria, volto a frisar, se aposentou ou foi para outra Secretaria ganhar mais. Não! Tem que ficar na SMOV e ganhar aquilo que é de direito, que é a sua valorização na sua Secretaria.

Outro aspecto que naquela oportunidade não tinha sido cumprido: um mutirão de horas extras de um mês, que não tinha sido pago aos funcionários. A pior coisa - eu já falei aqui, Verª Neuza Canabarro - de um governo, Ver. Besson, é prometer e não cumprir. Os Governos que passaram prometeram muito para os funcionários e não cumpriram! É a decepção dos funcionários!

Eu quero deixar bem claro aqui, e salientei aqui dois aspectos: em nenhum momento, diz essa assembléia, que entre o servidor e a Secretaria Municipal da Fazenda houve manifestações contrárias ao pleito de outras Secretarias e demais órgãos da Prefeitura Municipal de Porto Alegre, desde que elaborados em Projetos distintos e independentes da Secretaria Municipal da Fazenda.

Então, todos têm direito, sim, com a sua capacidade, com a sua peculiaridade, com o seu trabalho nas Secretarias.

Eu vou votar a favor dessa gratificação. Quero aqui nesta Casa dizer que eu gostaria de ver isso logo, porque eu já estou aqui desde 31 de março, Ver. Goulart, e não vi ainda nesta Casa a gratificação dos revisores da SMOV. Vou contar nos dedos: abril, maio, junho, julho, e já estamos em agosto, e cadê aquele Projeto da gratificação que prometeram na frente do Prefeito, para os funcionários? Ah, vou cobrar! Sou da base do Governo, mas não mintam para mim, porque eu não gosto de mentira. Quero ver nesta Casa o pagamento das horas extras de um mês, e quero ver nesta Casa a gratificação dos revisores da SMOV, para que nós possamos trazer de volta, quem sabe, e qualificar mais aquilo que é tão importante, que é o atendimento da construção civil em Porto Alegre. Os técnicos, Ver. Besson, esses homens que estão no dia-a-dia trabalhando, fortalecendo a economia do Município, como vocês, trazendo recursos para a Prefeitura e dando condição de geração de emprego na Cidade, porque quando cresce a Receita do Município, quando temos técnicos qualificados na Secretaria de Obras de Porto Alegre, naturalmente cresce o emprego, cresce a construção, porque há mais agilidade nos processos técnicos, e isso é muito importante.

Então, eu deixo claro aqui que sou a favor da gratificação. Cada Secretaria com as suas peculiaridades e a sua valorização, para que não haja e não tenha algum erro de avaliação. (Palmas.)

Quero dizer aqui ao Ver. Adeli que eu concordo plenamente com quase tudo que ele disse; só tem uma coisa com a qual eu não concordo: o momento, o momento de eleição. Não! Deixa passar dia 1º de outubro, e aí nós vamos tratar esse Projeto com qualidade e com isenção, sem o pleito eleitoral. Não vamos prometer nada antes do dia 1º de outubro, não é hora de promessa. Depois, gradativamente, esta Casa estudará o que legitimamente tem. Somos, sim, como sempre, a favor do emprego, a favor da geração de emprego, mas muito cuidado com o que nós falamos antes do dia 1º de outubro. Porque senão dizem que vão criar uma coisa, e passa o dia 1º de outubro, e não se cria nada; passa o 1º de outubro, não se faz nada, porque o processo eleitoral é, sem dúvida, muitas vezes, uma emboscada para dizer à sociedade que se vai fazer tudo.

O Ver. João Antonio Dib diz muitas vezes aqui, e é verdade, que não é a quantidade de leis que este Brasil tem que melhora a qualidade do ser humano, a qualidade de vida do brasileiro ou a geração de emprego; é, sim, a postura dos políticos, a postura de qualidade, de coerência, de opinião na hora exata, buscando, sem dúvida, a geração de emprego.

Não é momento de discutirmos isso, embora saibamos que estamos, sim, querendo gerar milhares de empregos, mas estamos dentro de um processo que termina agora, dia 1º de outubro, para podermos, depois, debater com tranqüilidade, com isenção e não com a emoção, com a razão de que vamos, sem dúvida, qualificar, melhorar, e dar emprego através dos bingos, com o que concordo.

Ver. Adeli, só para ter uma idéia, em Santo Tomé, na Argentina, vizinha da minha terra, São Borja, já há um cassino, Ver. Bernardino Vendruscolo - feito com o dinheiro dos brasileiros, com o dinheiro dos são-borjenses -, que é uma beleza, todo mundo vai para lá. E o Brasil não enfrentou essa questão até hoje. O nosso dinheiro vai para a Argentina, há um cassino belíssimo para mais de 500 pessoas, e lá vai o dinheiro brasileiro. Nós devemos, sim - nessa parte eu concordo -, levar esse aspecto positivo para a geração de emprego.

Ver. Adeli, então, eu tenho a certeza de que eu contribuo com a participação, deixando para que nós possamos debater, com maior isenção, com maior tranqüilidade, após as eleições, mas concordo com que nós devamos gerar emprego no País. E isso é uma barbaridade, até porque a Caixa Federal - vocês são testemunhas - tem mais de dezenas, centenas de jogos com um objetivo: arrecadar para o Governo, e, muitas vezes, não tem finalidade social.

 

O Sr. Adeli Sell: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Não só em Santo Tomé, mas colocam os navios nos nossos portos, sem respeitar as 200 milhas, e há cassinos dentro. Então, nós estamos botando dinheiro para outros países, outras nacionalidades e nos navios. Eu tenho isenção total, absoluta sobre este tema, sou parceiro de V. Exª para aquilo que nós acharmos melhor. Não faremos nenhum proselitismo sobre este tema, porque nós conseguimos formatar esta questão ao longo do tempo, estudando, discutindo. Portanto, observaremos todas as suas ponderações, e eu espero que esta nossa parceria continue, independente do período que nós estamos vivendo. Obrigado.

 

O SR. CASSIÁ CARPES: Eu agradeço. Conheço V. Exª, e sei até porque nós temos em comum muitos aspectos e opiniões, independente de Partido político, e quero dizer que nós devemos tratar as coisas com mais seriedade. Entendo, pela minha passagem como Secretário, que muitas vezes o funcionário é tratado como bode expiatório. O funcionário tem de ser bem tratado e não agüenta mais promessas. Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Passamos às

 

COMUNICAÇÕES

 

O Ver. Elói Guimarães está com a palavra em Comunicações. (Pausa.) Ausente. A Verª Mônica Leal está com a palavra em Comunicações. (Pausa.) Ausente. O Ver. Nereu D’Avila está com a palavra em Comunicações. (Pausa.) Ausente. O Ver. Paulo Odone está com a palavra em Comunicações. (Pausa.) Ausente. O Ver. Professor Garcia está com a palavra em Comunicações. (Pausa.) Ausente. A Verª Maristela Maffei está com a palavra em Comunicações. (Pausa.) Ausente. Está encerrado o período de Comunicações.

Passamos à

 

PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR

 

(05 oradores/05 minutos/com aparte)

 

1ª SESSÃO

 

PROC. N. 3549/04 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 256/04, de autoria da Ver.ª Margarete Moraes, que denomina Rua Celso Afonso Soares Pereira o logradouro público cadastrado, conhecido como Rua 1934, localizado no Bairro Rubem Berta.

 

PROC. N. 0642/06 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 020/06, de autoria do Ver. Nereu D’Avila, que denomina Rua Erondina Viegas Machado um logradouro público não-cadastrado, localizado no Bairro Vila Nova.

 

PROC. N. 2281/06 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 093/06, de autoria do Ver. Dr. Goulart, que denomina Rua Avelino Angelo Andreis o logradouro público não-cadastrado, conhecido como Rua G Jardim Guanabara, localizado no Bairro Partenon.

 

PROC. N. 3074/06 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 130/06, de autoria do Ver. Claudio Sebenelo, que denomina Rua Profa. Dra. Hebe Tourinho o logradouro público cadastrado, conhecido como Rua 5029, localizado no Bairro Hípica.

 

PROC. N. 3506/06 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 146/06, de autoria do Ver. Sebastião Melo, que concede o título honorífico de Cidadão de Porto Alegre ao Senhor Milton Chies.

 

PROC. N. 3516/06 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 148/06, de autoria do Ver. Adeli Sell, que institui o Dia do Consumidor, a ser comemorado, anualmente, no dia 15 de março, passando a integrar o Calendário de Eventos Oficiais de Porto Alegre.

 

PROC. N. 3528/06 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 149/06, de autoria do Ver. Cassiá Carpes, que denomina Rua Sebastião do Nascimento o logradouro público não-cadastrado, conhecido como Rua 2042 - Loteamento Timbaúva, localizado no Bairro Mário Quintana.

 

PROC. N. 3566/06 – PROJETO DE RESOLUÇÃO N. 082/06, de autoria da Bancada do Partido Democrático Trabalhista, que concede o Prêmio de Educação Thereza Noronha à Educadora Isoly Cademartori.

 

PROC. N. 3578/06 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 152/06, de autoria do Ver. Professor Garcia, que denomina Rua Luiz Menezes o logradouro não-cadastrado, conhecido como Rua 7154 - Loteamento Vila Nova Restinga, localizado no Bairro Restinga.

 

PROC. N. 3618/06 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 160/06, de autoria do Ver. João Bosco Vaz, que denomina Rua Simão Frutuoso Tavares o logradouro não-cadastrado, conhecido como Beco I - Vila Correa Lima I, localizado no Bairro Santa Tereza.

 

PROC. N. 3654/06 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 161/06, de autoria do Ver. Carlos Todeschini, que denomina Rua Encantada o logradouro não-cadastrado, conhecido como Beco Dois - Rua Octavio de Souza, localizado no Bairro Nonoai.

 

PROC. N. 3656/06 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 162/06, de autoria dos Vereadores Raul Carrion e Manuela d'Ávila, que institui a Política Intersetorial de Plantas Medicinais, Aromáticas e Condimentares e de Medicamentos Fitoterápicos no Município de Porto Alegre.

 

PROC. N. 3683/06 – PROJETO DE RESOLUÇÃO N. 085/06, de autoria do Ver. João Bosco Vaz, que concede o título honorífico de Esportista Exemplar ao atleta Fabrício Neis.

 

PROC. N. 3718/06 – PROJETO DE RESOLUÇÃO N. 086/06, de autoria do Ver. Paulo Odone, que concede o Troféu Destaque Zaida Jarros ao Senhor José Antonio Pinheiro Machado.

 

PROC. N. 3724/06 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO N. 017/06, de autoria do Ver. Bernardino Vendruscolo, que altera o art. 50 da Lei Complementar n. 12, de 7 de janeiro de 1975, e alterações posteriores, atribuindo as penalidades de advertência por escrito, multa de 50 UFMs e, na reincidência, o dobro da multa pelo descumprimento do disposto neste artigo. (obrigatoriedade de ascensorista em elevadores)

 

2ª SESSÃO

 

PROC. N. 3983/06 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 172/06, de autoria do Ver. Claudio Sebenelo, que concede o título honorífico de Cidadão de Porto Alegre ao Senhor Nelson Wedekin.

 

3ª SESSÃO

 

PROC. N. 3228/06 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 138/06, de autoria do Ver. Adeli Sell, que dispõe sobre a oficialização do evento Feira do Mercado Bom Fim, de artesanato e artes plásticas, a ser realizada no entorno do Mercado Bom Fim, no Parque Farroupilha, aos domingos, das nove às dezenove horas.

 

PROC. N. 3389/06 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 142/06, de autoria do Ver. Bernardino Vendruscolo, que destina espaço na área localizada na Av. Azenha, ao lado do n. 355, esquina com Av. Ipiranga, no Bairro Azenha, para instalação de monumento em homenagem aos maçons republicanos e imperiais da Revolução Farroupilha, sem ônus para o Município.

 

PROC. N. 3527/06 – PROJETO DE RESOLUÇÃO N. 081/06, de autoria do Ver. Cassiá Carpes, que concede o título honorífico de Líder Comunitária à Senhora Helena Cristina Borges.

 

PROC. N. 3606/06 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO N. 021/06, que institui a Gratificação de Resultado Fazendário (GRF) no âmbito da Secretaria Municipal da Fazenda, altera disposições da Lei n. 6.309/88 e da Lei n. 7.690/95 e dá outras providências. Com Emenda n. 01 e Mensagem Retificativa.

 

PROC. N. 3615/06 – PROJETO DE RESOLUÇÃO N. 084/06, de autoria da Ver.ª Sofia Cavedon, que concede o Prêmio Francisco José Zaffari de Promoção e Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente à Associação de Apoio ao Fórum Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Porto Alegre (ASAFOM).

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): O Ver. Claudio Sebenelo está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. CLAUDIO SEBENELO: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, primeiro, a nossa saudação colorada pela fantástica chegada da Taça Libertadores da América. Esta terra tem dono!

Em Pauta, a Mensagem Retificativa do Projeto de Lei do Executivo que se refere à extensão, ao Gabinete de Programação Orçamentária, da gratificação fazendária, prerrogativa dos fiscais da Secretaria da Fazenda.

Com todas as justificativas e o profundo respeito que tenho pela opinião da Secretaria Municipal da Fazenda e do Gabinete de Planejamento Orçamentário, acho que, quando, hoje, o Ver. Haroldo de Souza começou a ler as Proposições, e falou que o Prefeito estava retirando um Projeto, eu torci para que fosse este Projeto. Mas não, era outro Projeto.

Acho que ele não foi feliz no envio deste Projeto à Câmara, porque é um Projeto discriminador, e, inclusive, nos faz pensar nas questões das gratificações da Secretaria Municipal da Fazenda.

Nós conhecemos funcionários da melhor qualidade na área da Saúde, e quero dizer a vocês, sem nenhum demérito a nenhuma outra profissão, que o inicial de um médico-plantonista no Pronto Socorro Municipal é, às vezes, muito menor do que o de outras profissões que não exigem qualquer pré-requisito intelectual.

A injustiça salarial é muito grande. Eu estava examinando os contracheques de um posto de saúde, mostrados pelos próprios funcionários, e é fantástica a indiferença e a injustiça dos Orçamentos em relação aos funcionários da Saúde e aos funcionários da Educação. Claro que não todos. Sempre tem uma cúpula privilegiada, mas a maioria é por baixo. E, evidentemente, os apadrinhados sempre tiveram uma gratificação de CC alta, e sempre foram aquinhoados com Funções Gratificadas, principalmente na minha área, a área da Saúde.

O nosso Orçamento foi absolutamente quebrado e entregue dessa forma ao atual Prefeito, José Fogaça, com um déficit que levou mais de um ano para ser corrigido. Ele está com um ano e oito meses de governo, e mais ou menos 14 meses foram só para tentar corrigir um déficit insuportável. Talvez, agora, haja algum equilíbrio entre receita e despesa. Pois essa situação da Prefeitura merecia, em outras proporções, o mesmo pacto, a mesma proposta de contenção de gastos que é feita pela Assembléia Legislativa ao Governo do Estado, com a participação de toda a sociedade, na contenção de gastos.

Este não é um momento de aumento de gratificação, de extensão de gratificação; este é um momento difícil da nacionalidade. É um momento difícil do Estado do Rio Grande do Sul, que não provê, há mais de 20 anos, as verbas adequadas para a área da Saúde, as verbas adequadas para a área da Educação - as verbas constitucionais não são cumpridas.

Tenho certeza de que a unanimidade desta Casa vai votar contra este Projeto. E digo isso mesmo sendo eu um Vereador da área do Governo. Não tenho nada contra a corporação, muito menos contra o municipário, que é um lutador e que sustenta, há muito tempo, uma grande máquina com condições muito razoáveis para a máquina de salários, e muito ruins para o próprio municipário. Se houver qualquer reajuste, qualquer incentivo, qualquer gratificação, ou é estendida a todas ou a nenhuma classe. Porque mesmo com a justificativa de que haja um maior faturamento da Prefeitura - e isso beneficia a Cidade, sim -, eu acho que esse faturamento tem de ser sem a gratificação, por um só motivo: nós vemos que todas as atitudes de gratificação profissional na vida privada e no espaço público foram sempre com tendência ao desaparecimento. Exemplo disso é a gratificação no futebol, o “bicho por vitória”. Não que as pessoas sejam obrigadas a ganhar sempre, mas por que, se já têm seu salário? Por que, se já são pagos? Por que teriam uma gratificação para funcionar melhor, para buscar mais recursos? Essa é a pergunta que se faz, essa é a pergunta que paira em duas grandes visões: não discriminar, isto é, ou é para todos, ou é para ninguém; e, segundo, as condições da Prefeitura são incompatíveis hoje, com esse tipo de mensagem. Isso não deverá ser aprovado por esta Câmara, e eu vou tentar votar e convencer os meus colegas para votar contra, não no sentido de prejudicar uma casta do funcionalismo, mas principalmente mostrar que isso hoje seria de proporções - vejam os 17 milhões do cálculo feito, junto com o envio da mensagem - insuportáveis para um orçamento que já tem grandes dificuldades.

 

O Sr. Cassiá Carpes: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Sebenelo, com todo o respeito, quero dizer-lhe que quando uma prefeitura anuncia superávit anual, a primeira coisa que ela deve fazer é valorizar o seu funcionário. Muito obrigado. (Palmas.)

 

O SR. CLAUDIO SEBENELO: Discordo profundamente. A primeira coisa que uma prefeitura, quando tiver superávit, deve fazer é não só valorizar o seu funcionário, mas dar condições mínimas a uma população de ter um atendimento muito melhor em tecnologia, muito melhor em prevenção e uma visão decente e correta, não uma venda de uma ilusão, uma mentira de dizer que vai dar o aumento e depois não pode dar, depois atrasa; e, depois, as conseqüências dessa atitude, podem ter uma repercussão desagradável para os próprios funcionários.

Acho que nós temos que ter essa sinceridade, com todo o meu respeito e com toda a minha solidariedade a uma classe, eu não tenho condições de consciência e principalmente de cálculo aritmético de, hoje, fazer esse tipo de concessão.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): O Ver. Raul Carrion está com a palavra para discutir a Pauta. (Pausa.) A Verª Maristela Maffei está com a palavra para discutir a Pauta. (Pausa.) O Ver. Carlos Comassetto está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. CARLOS COMASSETTO: Sr. Presidente, Ver. Dr. Goulart; prezados colegas Vereadores, Vereadoras, público que nos assiste, imprensa, servidores públicos municipais aqui presentes, reivindicando um benefício em prol de sua categoria, ou melhor, em prol de parte da categoria dos municipários. Quero aqui fazer um diálogo, manter uma discussão que iniciamos ontem, desta tribuna, para falar de um conceito de funcionalismo público e de salários e benefícios. Eu disse ontem, e repito, porque este diálogo é necessário até me convencerem do contrário, que este Projeto do Executivo que veio para a Câmara Municipal, chamado de Gratificação de Resultado Fazendário, não seria um Projeto digno de uma Administração Pública Municipal. Digo isto, porque, primeiro: sou contra qualquer benefício para poder ter resultado no trabalho de qualquer categoria de funcionário público, porque, no momento em que se entra no serviço público, sabe-se quais são as atribuições, e não precisamos ter benefícios para dizer que temos que produzir mais.

Quero fazer esta discussão aqui, olhando os funcionários, olho no olho, e fazer o debate porque eu admito fazer uma discussão se este Projeto for estendido para todos os funcionários públicos municipais de Porto Alegre; e não para aproximadamente 2% dos funcionários públicos municipais. O que significa isso, Sr. Presidente? Que, no mínimo, há três questões políticas que temos que discutir aqui. A primeira: se aumentarmos, e aprovarmos este Projeto, que significa a gratificação de resultado para os fazendários, vai haver um aumento na folha de pagamento geral da Prefeitura, que tem que ficar sob a Lei de Responsabilidade Fiscal. Portanto, se alguns terão aumento e vai bater no teto da Lei de Responsabilidade Fiscal, os outros não terão direito a reivindicar aumento, porque o teto já bateu. Mostrem-me os números se isso não é verdade! Mostrem os números para o Legislativo Municipal.

 

(Manifestações das galerias.)

 

O SR. CARLOS COMASSETTO: Quero discutir, meu companheiro, que está aqui levantando e contradizendo, olho no olho. A segunda questão...

 

(Manifestação das galerias.)

 

O SR. CARLOS COMASSETTO: Sr. Presidente, quero a palavra garantida.

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Por gentileza, senhores, aceitaremos qualquer manifestação ao final. Será garantida a palavra da tribuna que, queiramos ou não, é sagrada.

 

O SR. CARLOS COMASSETTO: Sr. Presidente, me acusaram lá das galerias - aquele senhor de cabelo crespo (aponta.) -, me chamaram de “homem do mensalão”, e quero que o senhor tome as providências. Eu não aceito isso e, desta tribuna, peço que mandem retirar aquele senhor aqui do plenário. Peço que a segurança retire aquele senhor. Não aceito.

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Suspendo a Sessão por alguns minutos.

 

(Suspendem-se os trabalhos às 15h07min.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart – às 15h09min): Estão reabertos os trabalhos. Ver. Comassetto, estive conversando com o rapaz de quem V. Exª reclamou, e ele me disse que não o chamou de “mensalão”, absolutamente.

 

O SR. CARLOS COMASSETTO: Sr. Presidente, eu não aceito essa justificativa. Não foi um, foram dois, e eu os identifico, assim como a segurança sabe quem são os dois. Respeitem-me nesta tribuna, ou não continuarei o meu discurso.

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): A frase que o cidadão me disse não interessa repetir, porém ele me assegurou que não dirigiu a V. Exª referência pessoal. Pedi que, daqui para frente, exista paz durante toda a sua manifestação. Garanto-lhe a palavra.

 

A SRA. MARGARETE MORAES: Eu tenho certeza de que a função de um Presidente é defender a Casa, defender os Vereadores, e V. Exª não agiu certo. Perdoe-me, mas V. Exª é o Presidente desta Casa e deveria ter defendido e assegurado a palavra ao Ver. Carlos Comassetto. V. Exª deu tempo, e os dois demais da Mesa ficaram rindo e debochando, enquanto o discurso foi do rapaz do PSTU! É isso que está virando esta Casa?

 

(Manifestações nas galerias.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Obrigado pela sua manifestação.

 

A SRA. MARGARETE MORAES: V. Exª errou, Vereador. V. Exª errou, e eu quero lhe dizer, como quem foi Presidenta desta Casa, que nunca permiti isso em relação à Casa! Sempre defendi todos, inclusive V. Exª, o Sebenelo, o Ervino Besson! Qualquer Vereador esta Presidenta defendeu! O senhor não está agindo democraticamente.

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Muito obrigado, V. Exª tem todo o direito de pensar assim, dentro da sua óptica.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Sr. Presidente, a platéia se manifestou porque se sentiu ofendida no momento em que foi chamada de “companheiros”. Então, eles se manifestaram exatamente porque foram provocados, só por causa disso.

 

(Manifestações nas galerias.)

 

O SR. ERVINO BESSON: Meu caro Vereador-Presidente, a Verª Margarete Moraes me citou, cometeu o segundo erro em poucos dias nesta Casa. Há poucos dias, ela criticou o Presidente da Juventude e depois recebeu aquele “tapa de luvas”. Hoje ela cometeu um segundo erro condenando este Vereador, cometendo mais uma injustiça com seus colegas Vereadores desta Casa. Sou grato a V. Exª.

 

(Manifestações nas galerias.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Ver. Comassetto, vou lhe devolver bastante tempo. Eu só quero dizer aos senhores que, na história recente deste mandato de Presidente, quando o Ver. Luiz Braz aqui esteve me substituindo, a Bancada do PT cercou um determinado cidadão que tinha tido um comportamento que o Presidente achava que não era o melhor e não deixou os seguranças o atingirem. (Palmas.) Logo, não existe nexo nenhum no que foi dito. Defendo sua palavra. Fui, dentro do princípio lógico da coalizão, compor junto com os cidadãos, que importantes são também, para que V. Exª possa fazer a sua manifestação. Espero que o meu trabalho como defensor desta Casa e embaixador de homens possa permitir que V. Exª fale nos três minutos que lhe restam. Muito obrigado. (Palmas.)

 

O SR. CARLOS COMASSETTO: Obrigado, Sr. Presidente; obrigado aos colegas Vereadores e Vereadoras e à Verª Margarete Moraes pela sua posição neste momento, neste plenário. Quero dizer que falo para a cidadania de Porto Alegre, não falo para um pequeno segmento da categoria dos funcionários. Quero manter este diálogo com muita tranqüilidade. Não preciso concordar com algumas políticas que são encaminhadas, e justifico-as, aqui na tribuna aberta, em bom tom e bom diálogo.

Justifico, mais uma vez, que, em princípio, sou contra esse Projeto de Gratificação de Resultado Fazendário, que faz com que cada funcionário, aqui presente ou não, que esteja reivindicando em interesse próprio, um interesse particular, possa ganhar, tendo uma FG-7 ou FG-8, até mais de 4 mil a 4 mil e 500 reais por mês! Isto é um escândalo, isto é injusto com o funcionalismo público municipal!

E quero dizer, Sr. Presidente, que nós temos de oferecer benefícios a um ramo de funcionários para que eles possam trabalhar e cumprir a sua determinação estatutária, isso eu não estou entendendo. Não estou entendendo! Se for para permitir benefício ou para criar benefício, que seja para o funcionalismo público!

Quero dizer aos funcionários da Fazenda que aqui estão, que eu sou o primeiro aliado para construir uma política de reparação para o funcionalismo público, assim como foi o meu voto contrário ao Projeto que o Executivo Municipal enviou a esta Câmara, mandando um aumento menor do que o reajuste de 19% a que os senhores e as senhoras têm direito - todos os funcionários públicos -, e o meu voto foi nesse sentido.

Agora, querer dizer aqui que essa política não é uma política que aponta para a fúria arrecadatória no Município de Porto Alegre... Eu quero dialogar aqui com o Sindilojas, quero dialogar aqui com o Sinduscon, com todos os setores produtivos da cidade de Porto Alegre, e quero dialogar aqui também com o Simpa, que é o Sindicato que representa essa categoria, para ver se essa é uma política do funcionalismo público, ou se é uma política do Executivo para favorecer uma pequena parcela dos funcionários públicos municipais.

E concluo, Sr. Presidente, dizendo que quero fazer um Requerimento - e gostaria que fosse em nome da Mesa desta Casa - ao Executivo Municipal, para que nos informe todos os funcionários públicos da Fazenda liberados no dia de hoje para estarem aqui nesta tribuna fazendo esta discussão. Quero fazer um Requerimento, em nome da Casa, para que nos envie quais são todos os funcionários públicos municipais liberados para estarem aqui, discutindo um tema que diz respeito à Cidade. Não é nenhum problema, é legal e é justo que aqui estejam, mas cumprindo todas as determinações regimentais no sentido de que esta Casa tem de fiscalizar. O nosso papel é de fiscalização, e assim o farei, bem como construirei políticas que sejam para todos. Muito obrigado.

 

(Manifestações nas galerias.)

 

O SR. CARLOS COMASSETTO: Toda vaia só me enaltece, principalmente quando eu tenho princípios.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Obrigado, Vereador. O Ver. Carlos Todeschini está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. CARLOS TODESCHINI: Sr. Presidente, Ver. Dr. Goulart; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, funcionários visitantes, público presente, público que nos assiste pelo Canal 16, aqui é o fórum do debate democrático, é aqui que a gente tem que aprofundar as idéias, trocar opiniões e também ter opiniões. Nós temos como responsabilidade a condução da Cidade, no nosso papel de fiscalizadores, no nosso papel de controladores do Executivo e também no nosso papel de Legisladores. Os projetos, as reivindicações particulares são legítimas. Agora, cabe-nos avaliar a oportunidade, a conveniência e a justiça que elas trazem embutidas.

O pretexto, a justificativa, a argumentação com que o Prefeito envia para a Câmara este Projeto específico referente a gratificações para funcionários lotados na Secretaria da Fazenda e no Gabinete de Planejamento e Orçamento é de que há necessidade de aumentar a arrecadação. Pois bem, sempre é necessário aumentar a arrecadação. Isso é um dever, uma luta permanente, até porque os gastos são sempre muito vegetativos. Os gastos são sempre crescentes, mas a arrecadação não. A arrecadação tem uma tendência muitas vezes negativa ou dificultada pelos períodos conjunturais.

É preciso que façamos uma análise de um todo. Se a Prefeitura está em dificuldade financeira no momento, algumas razões também há, e são sabidas. Por exemplo, há informações de que estão suspensos os repasses dos financiamentos internacionais - e é muito dinheiro - porque o Governo não cumpre as metas que tem que cumprir, porque o Governo não tem competência para administrar os programas internacionais, e, por isso, está com os recursos suspensos, Ver. Adeli: 3ª Perimetral, financiamento do BID, Fonplata, fazendo com que todo o dinheiro saia do caixa, fazendo com que todo o dinheiro saia dos impostos. Isso vem em grande prejuízo à cidade de Porto Alegre; uma grande perda a toda comunidade. Temos informações também de que as multas de trânsito aumentaram por conta de políticas arrecadatórias, e nós estamos vivendo, Verª Margarete, o escândalo do DMLU, em que, somente com a intervenção do Ministério Público, foi salvo, num primeiro ato, um gasto previsto em 100 milhões de reais. Não sou eu que estou dizendo isso, é o Ministério Público e a Justiça. Por quê? Porque aí não adianta justificar, em torno de projetos particulares, a necessidade de arrecadação. Se nós continuarmos a desperdiçar o dinheiro público como está sendo desperdiçado pelo atual Governo...

 

(Manifestações no plenário.)

 

O SR. CARLOS TODESCHINI: Não, o Governo Federal não está desperdiçando dinheiro público, desculpem-me! Desculpem-me, e, se quiserem que a gente faça um debate como vocês querem ouvir, a gente faz também, nós sabemos como fazer, ok? Eu estou fazendo aqui um debate respeitoso, um debate analisando o nosso dever como cidadãos, porque não é certo que se faça concurso, que se assine um contrato - eu não estou falando especificamente de vocês, eu estou falando de várias categorias que assumem compromissos públicos, e, depois, não cumprem, fazem pressões particulares ou para não cumprir horário, ou para embutir vantagens agregadas, ou para ter um ou outro benefício particular. Eu quero dizer que podemos discutir qualquer problema, podemos discutir qualquer situação, e, se houver injustiças, corrigi-las, fazer valer o equilíbrio, fazer valer o bom senso. Mas é preciso que se discuta e que se tenha clareza que interesses particulares não podem se sobrepor a interesses gerais, não só do funcionalismo, mas de todos os cidadãos da nossa Cidade, porque nós estamos tratando é disso. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Obrigado, Excelência. O Ver. Bernardino Vendruscolo está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Sr. Presidente, Ver. Dr. Goulart; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, público que nos assiste, nós somos proponentes de dois Projetos em Pauta. Um deles é um Projeto um tanto antipático para mim, que sou muito ligado ao mercado imobiliário, em que venho trabalhando ao longo de 30 anos. Mas gostaria que o Ver. João Dib pudesse observar o que nós estamos propondo: que haja um pouco mais de rigor na exigência, com aplicação de penalidade, evidentemente, àqueles prédios comerciais que têm elevadores e que não possuem a presença de um ascensorista.

Alguém pode dizer: “Mas você, que está ligado ao mercado imobiliário, vem com esse Projeto”. Em primeiro lugar, nós temos que diferenciar a nossa proposta como Parlamentar - aí não só eu, acredito que todos aqui buscam atender sempre às necessidades da sociedade, e não defender esse ou aquele segmento de forma a não atingir a sociedade como um todo.

Hoje nós sabemos que muitos consultórios médicos, muitos escritórios estão localizados nesses prédios comerciais. Muitas vezes pessoas com deficiência física não conseguem operar esses equipamentos; muitas vezes pessoas mais humildes desconhecem a operação desses equipamentos modernos e acabam tendo dificuldade de usá-los e, por outro lado, quando é um elevador antigo, uma pessoa com deficiência física, uma pessoa com mais idade, com pouca força, também tem dificuldade no seu manuseio.

Então, nós entendemos que tem de haver um certo compromisso dos síndicos, que dirigem esses prédios comerciais, de colocarem ascensoristas. É lamentável vermos no Centro de Porto Alegre, principalmente no Centro, as pessoas se amontoando nos elevadores, até porque não há alguém que coordene isso. Vemos elevadores subindo e descendo com carga além do que é permitido, por isso nós estamos procurando divulgar e ampliar as penalidades àqueles prédios comerciais que não contratarem ascensorista, em respeito aos deficientes físicos, às pessoas de idade, àqueles que usam equipamentos como cadeira de roda, muleta, aos deficientes visuais, e, também, para controlar o excesso de carga nesses equipamentos.

É um Projeto, Ver. Dr. Goulart, Presidente desta Casa, que não é fácil para nós, como Parlamentares, propormos; mas eu acho que chega o momento de tentarmos sensibilizar aqueles que, num primeiro momento, possam entendê-lo como um Projeto não-simpático, digamos assim. Nós temos de sensibilizá-los, porque, talvez amanhã, qualquer um de nós ou os próprios que não concordarem hoje, possamos estar numa situação de dificuldade e vir a enfrentar aquilo que muitos enfrentam hoje, quando adentram um elevador e não dominam o seu funcionamento.

Por outro lado, quando não há um ascensorista, nós sabemos que há abuso na quantidade de pessoas, e todos esses equipamentos têm um limite de peso.

Outro Projeto de nossa autoria, o PLL nº 142/06, busca criar um monumento aos maçons que tiveram envolvimento na Revolução Farroupilha, tanto do lado dos farrapos como dos republicanos, monumento que nós estamos propondo com local certo, na Av. Azenha esquina com a Av. Ipiranga, exatamente onde houve o primeiro combate em 20 de setembro de 1835, como forma de reconhecimento, independentemente das cores da época, farrapos ou republicanos. Era isso, Sr. Presidente. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): O Ver. Professor Garcia está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. PROFESSOR GARCIA: Sr. Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, hoje há um Projeto de nossa autoria em Pauta, um Projeto simples, mas que é um resgate da Cidade para com essa pessoa que, durante muitos anos, sem sombra de dúvida, foi um dos grandes nativistas. Nós ingressamos com um Projeto, denominando Rua Luiz Menezes um logradouro público não-cadastrado no Loteamento Vila Nova Restinga. Luiz Menezes, que faleceu no ano passado, foi agraciado pelo Movimento do Tradicionalismo Gaúcho. Era natural de Quarai, e sempre teve contato com o público levando uma missão: a propagação da música nativista do nosso Rio Grande.

 

O Sr. Ervino Besson: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Professor Garcia, excelente a idéia de Vossa Excelência! Quando me deu a idéia de homenagear Luiz Menezes, pela sua história, pela sua trajetória, V. Exª já tinha entrado com este Projeto; brilhante iniciativa! Ele foi um homem que deixou marca na sua trajetória, defendendo as suas idéias e defendendo o tradicionalismo. Parabéns pela brilhante iniciativa de Vossa Excelência!

 

O SR. PROFESSOR GARCIA: Obrigado, Vereador. Eu sei que essa sua manifestação é a de todos os gaúchos e gaúchas.

Também quero tratar do Projeto de Gratificação de Resultado Fazendário. Estive conversando com o grupo dirigente, que diz que entende e concorda com o Projeto, mas que não concorda com a Mensagem Retificativa. Então, nós temos que discutir, e esta Casa é plural, é a Casa do Povo. Somente hoje o Projeto entrou em Pauta. Eu sempre digo que o período de Pauta de um Projeto é o seu début, ou seja, é o momento em que o Projeto é apresentado para a sociedade. É o que estamos fazendo hoje aqui nesta tarde, discutindo este Projeto. Quero me comprometer com o grupo de levar novamente para discussão essa questão com o Secretário da Fazenda, com o Gabinete de Planejamento e com o próprio Prefeito, para nós vermos o que está contraditório numa visão e noutra. Mas quero, de antemão, dizer que sou favorável, sim, ao incremento de produtividade. Fico surpreso quando o Ver. Todeschini diz que algumas categorias de funcionários públicos não cumprem o seu dever, e fico preocupado porque - não fala agora o Vereador, mas o professor, funcionário público do Estado, licenciado - sabemos que durante muitos anos, desde 90, quando começou a época Collor, houve uma tentativa de mostrar para a população do nosso País que o servidor público era alguém ineficiente, alguém nefasto para a máquina pública. E não é esta a visão que eu tenho, porque sei que o nosso País precisa, e muito, do funcionário público - o funcionário público é alguém concursado, é alguém que luta, alguém que batalha e sabe muito bem cumprir as suas funções. Mas, ao mesmo tempo, eu entendo que buscar uma gratificação, buscar algo mais por um serviço não tem nada de ilegal, não tem nada de imoral. Eu acho que nós temos que ter a cara limpa e mostrar que é essa a discussão; até podemos fazer uma discussão maior, porque hoje, por questões pontuais no nosso País, que é a questão da corrupção, e nós tivemos dois momentos de corrupção, uma é a questão do “mensalão” e a outra dos “sanguessugas”. (Palmas.) E podemos, e quero fazer essa diferenciação: a do “mensalão” foi uma corrupção institucional, em que foi utilizada, mais do que nunca, a máquina pública, os órgãos públicos, com o desvio e o roubo do dinheiro de todos os brasileiros e brasileiras. Especificamente, os “sanguessugas”, é uma atitude individual de determinados Parlamentares. E esperamos que todos eles sejam cassados ou que pelo menos não sejam reeleitos. Então nós temos que ver essa questão pontual.

Agora, vir aqui e dizer que os funcionários públicos não cumprem a sua função, ou querem melhores benefícios, isso eu quero pontuar de duas formas: primeiro, que fazem e muito bem a sua função; e postular melhorias é próprio do ser humano. Ai do ser humano que não quiser melhorar!

Então, lastimo essa posição, mas defendo o Projeto. Muito obrigado, Sr. Presidente. (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Muito obrigado. Encerrada a discussão da Pauta.

Solicito ao Ver. Braz que me substitua, neste momento, pois devo ir ao Gabinete receber autoridades.

O Ver. Cassiá Carpes está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

(O Ver. Luiz Braz assume a presidência dos trabalhos.)

 

O SR. CASSIÁ CARPES: Sr. Presidente, Ver. Dr. Goulart; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, senhoras e senhores, eu quero, aqui, não digo em resposta, mas num debate com o Ver. Todeschini, acrescentar algumas coisas. O dinheiro internacional, que não vem para Porto Alegre, Ver. Todeschini, é porque no ano de 2002, 2003 e 2004 a sua Administração teve déficit na Prefeitura.

Portanto, V. Exª sabe que uma Prefeitura com déficit por três anos não pode ter, sem dúvida, dinheiro internacional, até porque o BID só dá dinheiro para uma Prefeitura com o aval da União, e V. Exª sabe que o seu Governo em 2002, 2003, 2004 teve déficit, portanto, perdeu a credibilidade no organismo internacional. E a Prefeitura de Porto Alegre tenta restabelecer a credibilidade, já anunciando, como é sabido, um superávit anual. Mas isso também não está resolvendo, porque, como se dizia, e se sabe, a Prefeitura tinha um déficit, quando o Governo Fogaça assumiu, de 175 milhões de reais. Só na SMOV, em que este Vereador era Secretário, havia uma dívida - com o organismo internacional e as demandas do Orçamento Participativo, tudo englobado - de 20 milhões de reais; sem falar no sucateamento da Prefeitura Municipal. Há quantos anos a Prefeitura de Porto Alegre não compra uma máquina para a SMOV? Olha, há muito tempo!

Quanto ao DMLU, eu fico muito satisfeito, Ver. João Antonio Dib, quando o Ministério Público começa a atuar, regular, equilibrar, fiscalizar. No PT, quando aconteceu isso, as pessoas já eram condenadas, como foi condenado o ex-Diretor do DMLU. E essa questão do lixo, volto a frisar, corre o Brasil afora; já derrubou o Ministro de Ribeirão Preto, matou três; Prefeitos do PT se mataram entre eles.

Eu quero dar outro dado muito importante, até porque a Secretaria em que o Ver. Carlos Todeschini estava é o “primo rico” de Porto Alegre - o DMAE -, que arrecada na boca do caixa. Eu quero dar um dado muito importante que V. Exª não sabe, que eu já disse aqui, e quero repetir. Em julho, agosto, setembro, outubro, novembro e dezembro de 2004 não foram feitos os empenhos da Prefeitura. Não fazendo o empenho, conseqüentemente, não havia dívida, a qual nós apuramos em fevereiro de 2005: 19 milhões de reais em dívidas, quase 20, eu arredondo para 20, porque eram 19 mil e 900 reais, desses 175 milhões de reais. Não faziam o empenho para ludibriar, para enganar, como se não tivessem dívidas.

Quanto a este debate, eu estranhei aqui o Ver. Comassetto, quero alertá-lo - como ele não estava em 2000, elegeu-se e muito bem em 2004 -, é um Vereador competente; ele não sabia como era o procedimento aqui da Bancada do PT, que mandava gente a esta Casa para agitar, brigar, falar coisas absurdas, Ver. Vendruscolo, Ver. Sebenelo e Ver. Luiz Braz. E nós, aqui, agüentávamos no “osso do peito”. Esta Casa era repleta de agitadores! Chegavam ônibus lotados do Orçamento Participativo, faziam lanches aqui!

(Manifestação das galerias.)

Quem é que pagava? Quem é que pagava o ônibus? Quem é que pagava o lanche desse pessoal que vinha aqui? Ora! Agora, os funcionários da Secretaria Municipal da Fazenda vêm aqui reivindicar, com justa razão, os seus direitos, a gratificação de um bom funcionário, de uma competente Secretaria, que é importante nesse equilíbrio das finanças do Município; a Bancada do PT não quer debater, não quer negociar com os funcionários! Sabem por quê? Porque antes faziam politicagem com um grupinho de funcionários, hoje todos querem participar e devem participar das questões de melhorias da Cidade. Antes era um grupo da politicagem. Então, essa é a diferença, não podemos “tapar o sol com a peneira”.

Foram 175 milhões de reais em dívidas! Sobre as obras da Perimetral, que estão terminando agora, nós tivemos de fazer uma gincana para descobrir onde estava o furo, onde estavam esses empenhos que de julho a dezembro de 2004 não apareciam! Essa era uma Prefeitura, Ver. Vendruscolo, que escondia tudo! A única coisa que faziam era politicagem, porque isso eles sabiam fazer muito bem! Obrigado, Presidente. (Palmas.)

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): A Verª Maristela Maffei está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

A SRA. MARISTELA MAFFEI: Sr. Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, senhoras e senhores que estão aqui nos acompanhando nesta tarde, três temas me trazem a esta tribuna; em primeiro lugar, eu quero saudar o meu glorioso Sport Club Internacional pela vitória fantástica, ontem, fazendo calar aquela fúria paulistana - sem querer ser bairrista, mas já sendo -, em que o nosso time brilhou com qualificação de porte internacional, que nos leva à Libertadores e a Tóquio. Por isso vim com a bandeira empunhada com toda a alegria que eu tenho como colorada, e frente a esse desafio que nós temos na semana que vem.

A outra questão que eu quero colocar aqui e, rapidamente, é em relação ao tema aqui discutido, eu não vou entrar no mérito por um motivo especial. Eu acho que tudo aquilo que é reivindicação é justa, quer eu concorde ou não - em outro momento eu quero entrar nesse tema, até porque estou estudando um pouco mais para poder proferir aqui a minha manifestação -; então, não tem problema nenhum as pessoas virem para cá fazer a sua manifestação e querer a melhoria. Agora, eu só não vou aceitar demagogia como a do Ver. Cassiá Carpes que, em outras épocas, quando vocês estavam sentados aí, ele chamava de “tropa de cecezada” e que estavam em horário de trabalho, que estavam aqui sem trabalhar às custas do dinheiro público. Isso ele dizia para nós. Então, tem de ser refletido sim! Chega de demagogia!

Eu não estou entrando no mérito da luta do funcionalismo, não é isso, eu vou entrar em outro momento. Eu só não vou aceitar demagogia barata!

Por último, Sr. Presidente, e Verª Margarete Moraes, eu estou entrando com um Projeto de Lei, e aí tenho de me retratar com V. Exª, minha companheira. Quando V. Exª entrou, Verª Margarete, minha amiga querida, com o Projeto dos muros, eu tinha uma visão, e um pouco diferente da sua. Hoje eu quero dizer, e gostaria que minha companheira assinasse comigo esse Projeto, para acabar na próxima eleição com a questão dos muros. Por quê? Acabaram com a picaretagem de distribuir privilégios, chaveirinhos, quanta gente se elegeu, quando não tinha trabalho nenhum nesta Cidade, aparecendo de última hora, com camisetas, bonés... É claro que eu quero ver trabalho! Mas quanta gente se elegeu, comprando o pessoal das comunidades - Ver. Sebenelo, V. Exª sabe do que estou falando -, comprando, sem nunca ter participado, Ver. Garcia, de uma luta nas comunidades!

O problema não é se gostam ou se não gostam de mim, o problema é qual é o respeito que se tem pelas comunidades. E hoje, Ver. Garcia, eu vi gente na frente da minha casa oferecendo cimento, tijolos para ir lá pintar muros, e depois as pessoas vieram e me deram de graça o muro, porque eu sei o quanto algumas pessoas não gostam, mas o quanto eu sou amada pelo trabalho que eu faço, não pela minha pessoa, em minha região.

Já conversei com o Diretor, o Desembargador do TRE, para que façam um levantamento de todos os muros, de todos os candidatos, porque eu não vou aceitar demagogia barata de quem não tem caráter nem dignidade de olhar nos olhos e querer dizer que a gente tem dinheiro para fazer campanha. Quem me conhece, Ver. Luiz Braz, como V. Exª, sabe disso, e dói na alma ver o tamanho da demagogia.

Ontem, encontrei o pessoal do TRE na Lomba do Pinheiro e fiz questão de acompanhá-los, e vamos fazer isso com todos, porque a Lei tem de ser para todos, e assim, o ônus da prova é de quem acusa. E quem acusa provavelmente será acusado.

E isso, Vereador, a gente faz quando tem cara limpa, quando tem trabalho, quando tem a comunidade ao seu lado!

E é dessa forma, Verª Margarete Moraes, que eu quero, sim, hoje, me retratar com V. Exª, e vou ajudar, porque vamos derrubar mais um lado da picaretagem na política! Mais um lado!

Infelizmente, Vereador - e terminando -, o TSE errou, respeitosamente, numa questão: tiraram os outdoors, mas deixaram os jornais.

E quem tem a maioria... De mim, que sempre tive muro nesta Cidade, muitas vezes quiseram cobrar, mas quem tem trabalho é respeitado: só pinta e não precisa pagar. Obrigada.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Solicito aos Vereadores que são candidatos, que, por favor, não mencionem suas campanhas. Torço para que todos sejam vitoriosos, mas, pela legislação, não façam referências às suas campanhas.

A Verª Manuela d’Ávila está com a palavra, pela Bancada do PCdoB, para uma Comunicação de Líder.

 

 A SRA. MANUELA D’ÁVILA: Sr. Presidente; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, mais uma vez quero esclarecer que sou da Bancada do Partido Comunista do Brasil, e não de qualquer outro Partido.

Primeiro, eu gostaria de registrar que me causa bastante estranheza - a incoerência sempre me causa estranheza -, Ver. Comassetto, quando nós ouvimos o Ver. Cassiá, que tem uma Bancada, tem um Partido, o mesmo Partido do Dep. Edir Oliveira, vir aqui defender o reajuste de alguns servidores, quando, no debate relativo à bimestralidade e também no Projeto equivocado e atrasado, Ver. João Antonio Dib - V. Exª, que chamou atenção para o reajuste do funcionalismo público -, a Bancada do PTB se posicionou, por duas vezes, contrária aos funcionários públicos do nosso Município. Nós temos que ter coerência com aquilo que defendemos, e a coerência é a maior virtude de um político que se considera sério, enfim, que tem um trabalho real em defesa do serviço público, não só de vocês aqui sentados, mas do serviço público destinado para a população de uma cidade e não para os seus funcionários. Os funcionários são o meio que o Estado tem de garantir que a população seja, efetivamente, atendida. Por isso me causa uma profunda estranheza em ver a fúria - talvez a demagogia, porque vocês estejam sentados aqui, hoje - do Ver. Cassiá Carpes.

Mas, eu venho trazer boas notícias nesta tribuna, porque, durante o meu um ano e meio de mandato, 550 dias, nós trabalhamos, por diversas vezes, aqui na tribuna, o tema da Reforma Universitária, da necessidade de nós alterarmos profundamente as instituições de Ensino Superior no nosso País. Conseguimos, e hoje o Projeto de Lei da Reforma está no Congresso Nacional. Mas um dos debates que nós sempre fizemos - e no meu período de Vice-Presidência da UNE também trabalhávamos nisso - era sobre a questão da avaliação dos cursos de Ensino Superior do nosso País, do antigo Provão, Ver. Raul Carrion. Nós conseguimos, como uma das primeiras medidas do então Ministro Cristóvão Buarque, à frente do Ministério da Educação, reformular o Provão e criar o novo Sistema Nacional de Avaliação do Ensino Superior, chamado de Sinaes. Ontem, nós tivemos o primeiro resultado do Enade, que é a prova aplicada aos estudantes do Ensino Superior, para avaliarmos não mais eles, como era antes, no tempo do Fernando Henrique, em que nós ranqueávamos os estudantes, víamos apenas a média daquele estudante e, depois, o puníamos no mercado de trabalho e não puníamos, Ver. Sebenelo, as instituições que não tinham bibliotecas, que não tinham professores com Mestrado, que não qualificavam os seus laboratórios de pesquisa, que não investiam em inovação científica e tecnológica. Nós já temos um impacto de três anos e meio de Governo do Presidente Lula à frente do Governo Federal do nosso País nas instituições do Ensino Superior, e esse impacto pode ser medido pela média nas regiões com maior investimento no Ensino Superior, no Enade. A Região Sul do País, junto com o Nordeste brasileiro - que, tradicionalmente, Ver. Adeli, era visto com preconceito, e a sociedade via essa Região como um espaço que não produzia conhecimento - são aquelas que apresentam as melhores notas, “coincidentemente” - eu falo ironicamente “coincidentemente” - são as regiões em que nós tivemos mais investimentos públicos na Educação Superior gratuita no nosso País. E quero trazer uma observação importante: 41%, apenas, das universidades públicas do nosso País não alcançou as maiores notas, ou seja, 60% das instituições públicas de ensino alcançaram as maiores notas, e apenas 50% das instituições privadas. Eu trago esse dado, porque nós, embora a nossa Cidade não tenha uma universidade municipal como outras cidades do nosso País, e o nosso Estado tem uma universidade estadual que foi literalmente sucateada, praticamente “depenada” pelo Governador Germano Rigotto, o nosso Estado abriga a principal universidade federal, a nossa Cidade abriga a principal universidade federal do Rio Grande do Sul. A UFRGS, a nossa querida Universidade Federal, tem as melhores notas das federais gaúchas, e eu digo isso, porque eu acho que a Cidade de Porto Alegre aproveita muito pouco aquilo que nós produzimos de conhecimento dentro da universidade, para libertarmos a população de Porto Alegre. Nós quase não aproveitamos, e o Governo Fogaça pouco trabalha com os médicos comunitários que nós formamos na universidade, da Faculdade de Medicina da UFRGS, uma das poucas Faculdades de Medicina no nosso País que conseguiu voltar a sua produção de conhecimento para ajudar efetivamente na prevenção da saúde da população. A Prefeitura podia trabalhar em parceria com a Universidade Federal. Nós pouco aproveitamos o conhecimento que é gerado na Faculdade de Engenharia da Universidade, porque investimos pouco, porque tentamos pouco ser parceiros, firmar parcerias efetivas com aquilo que a Universidade Federal do Rio Grande do Sul propõe: pesquisar e criar alternativas para o Município de Porto Alegre.

Portanto, eu fiz esse raciocínio para dizer que acho que nós podemos, e o Poder Público Municipal, Ver. Sebenelo, pode se empenhar muito mais para aproveitar aquilo que já é feito de forma gratuita dentro das paredes, dentro dos prédios da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, que se situa em Porto Alegre.

Acho, Ver. Carrion, que aquilo que nós, o povo brasileiro, pagamos para ser construído, que está hoje acumulado dentro da UFRGS, deve ser aproveitado, para nós pensarmos um conhecimento e pensarmos alternativas reais para a cidade de Porto Alegre.

Neste sentido, amanhã, às 9h, na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, duas Comissões desta Casa - a Comissão que eu presido, que é a Comissão de Educação, Cultura e Esporte, e a Comissão de Direitos Humanos, presidida pelo Ver. Todeschini - vão realizar, em conjunto com várias instituições, como a Universidade, um Seminário sobre inclusão e tecnologia da comunicação digital, para pensarmos alternativas, debatermos o modelo de televisão digital que vai ser implementada em nosso País e que altera a vida real, todos os dias, a vida dos habitantes de Porto Alegre. Mas também para pensarmos na nossa Cidade e no que a Universidade e nós podemos contribuir para a melhoria de vida da população. Muito obrigada.

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): A Verª Sofia Cavedon está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

A SRA. SOFIA CAVEDON: Sr. Presidente, Ver. Luiz Braz; Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, eu não estava presente, mas já tenho o relato dos ataques que o Ver. Cassiá Carpes fez à nossa Administração. Acho que ele deveria, em primeiro lugar, explicar nesta tribuna, por que nem as obras que a Administração Popular deixou encaminhadas, com recurso, com projeto, a sua Secretaria, o seu Governo conseguem realizar com bom desempenho. Cadê? O que é que aconteceu com o viaduto Teresópolis, que deslizou? Ou o Conduto Forçado Álvaro Chaves, que é um mistério, que precisa de mais recursos? A Cidade está toda esburacada, transtornada e não tem perspectiva de ver isso acontecer. Ou então o PIEC, Projeto Integrado Entrada da Cidade, que caminha a passos lentos, de tartaruga, que já teve uma transformação, não vai ter aquele acabamento do projeto inicial para aquelas casas terem dignidade? Onde estão as obras do Orçamento Participativo?

O Ver. Cassiá Carpes deveria ficar mais atento às ações de campanha que ele está fazendo, vinculadas aos funcionários da SMOV, ao trabalho da SMOV, na Zona Norte, na Restinga, e eu poderia apontar outras; as comunidades têm telefonado para nós, eu já avisei a base do Governo que há uso da máquina nesta campanha eleitoral. Mas, mais do que isso, é público e notório, e aprovado por esta Casa pela maioria que este Governo tem, que este Governo não está preocupado com as finanças municipais, não; que ampliou gastos nesta Prefeitura, sim, com a máquina, com o meio e não com o fim.

Desde o ano passado, foram criadas novas Secretarias no Governo Municipal; uma Prefeitura em crise, com déficit, criou e ampliou o número de funcionários. Mais de 100 CCs novos foram criados pelo Prefeito Fogaça, e mais de 700 CCs, cargos em confiança, recebem horas extras e insalubridade em grau máximo para os cargos em confiança. Isso não é invenção do Partido dos Trabalhadores, isso é informação que foi prestada pelo Sr. Vice-Prefeito Municipal a um Pedido de Informações que a Verª Margarete Moraes fez. Inaugurou-se a fase dos altos salários, dos salários de elite na Prefeitura Municipal, enquanto nós, municipários, temos como uma grande força para reivindicação, ou tínhamos, uma matriz salarial horizontalizada, diferente do Estado do Rio Grande do Sul, em que a diferença do menor para o maior salário não era uma abrupta verticalização, impedindo reajustes dignos para toda a categoria. Nós agora inauguramos uma nova fase. As FGs especiais - precisamos ver que salários hoje estão sendo produzidos ou concedidos na Prefeitura de Porto Alegre -, foram criadas nesta Casa pela maioria da base do Governo. O que é FG especial? É a possibilidade de acumular até 75% do valor de um CC a um salário de um funcionário, mas não só os municipais, os salários de funcionários cedidos para a Prefeitura de Porto Alegre, um direito tirado dos municipários, porque as FGs eram só nossas, só do funcionalismo municipal, valorizavam o funcionário competente, e hoje podem ser investidas em funcionários cedidos para a Prefeitura. E mais, elas são investidas nesses funcionários e são muito maiores do que as FGs puras, elas são FGs que podem chegar a três mil reais. Esta Prefeitura está ampliando custos e privatizando, sim. E esse tema do DMLU não é só um problema da licitação eivada de irregularidades, não é só um problema do custo da limpeza urbana que vamos pagar também à custa de arrocho salarial, que o Ministério Público apontou que está sendo ampliado de três milhões/mês para sete milhões/mês, pela nova licitação, pelo novo modelo. O DMLU vai custar o dobro a partir do novo modelo implementado pelo Prefeito Fogaça. O dobro de custo para esta Cidade! E como foi feito isso? Desarticulando, retirando funcionários municipais qualificados das suas funções. Trezentos funcionários que faziam a manutenção de frota onde estão? Os funcionários perderam as suas horas extras, e será pago para uma empresa terceirizada realizar os mesmos serviços realizados pelos funcionários municipais. Então, é o processo de inchaço da máquina para os amigos, de elitização, de verticalização e privatização que nós temos que barrar.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): O Ver. Claudio Sebenelo está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. CLAUDIO SEBENELO: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, gostaria de responder aqui a esse discurso inflamado, mas pouco próximo à verdade, da Verª Sofia Cavedon. Eu quero dizer que todo o Governo quando assume, muitas vezes ele erra. É muito fácil fazer esse tipo de crítica à questão do lixo, quando o Partido dos Trabalhadores fez um dos maiores crimes ambientais da história desta Cidade, abriu uma lixeira no Morro da Extrema; durante cinco anos todo o lixo de Porto Alegre foi depositado no lugar mais bonito de Porto Alegre.

Há 300 metros de altura tem um morro chamado Morro da Extrema, de onde se divisam três enseadas belíssimas: Itapuã, Cego e Lami. São enseadas com uma visão, e qualquer país europeu faria um belvedere, faria um hotel cinco estrelas e faria ponto de atração turística. Pois, eles conseguiram transformar numa lixeira, poluindo o Arroio Manecão, poluindo o Guaíba! Pois vem com essa autoridade falar mal da questão do lixo e do preço do lixo. Ora nós temos escândalos brutais não só lá da Marta Suplicy (ex-Prefeita de São Paulo), não; aqui em Porto Alegre, quando diretores do Partido dos Trabalhadores foram obrigados a indenizar mais de um milhão de reais como multa por infrações e fraudes nas licitações! E isso é público! E, então, se arvoram de críticos de uma Administração, que até tem problemas, sim, muitos deles, resultado de uma herança maldita! É fácil fazer um discurso aderindo a todas as platéias que chegam aqui. O Partido dos Trabalhadores, especialmente a Verª Sofia Cavedon, adere a todas as teses que sejam contra os interesses das pessoas que vêm nos visitar. É muito interessante isso!

Por outro lado, ouvimos aqui a Verª Manuela d’Ávila falar de Educação. Consultem os professores da UFRGS - que eram petistas fanáticos e, hoje, não querem mais nem ouvir falar do Partido dos Trabalhadores -, como é que se encontra a Universidade Federal do Rio Grande do Sul, como é que se encontram os salários dos professores universitários? A Vereadora pode conversar com os professores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e perguntar qual a opinião deles sobre o processo de Educação, que já teve, assim, quatro ou cinco Ministros, cada um puxando para um lado!

Como é esta avaliação que está sendo feita, agora, eleitoreiramente, quando nós temos problemas desde a escola infantil, e que o processo educacional brasileiro está colocado em 184º lugar no mundo, vergonhosamente? Ora, vem falar em Educação aqui neste País? Por favor! As demonstrações e os indicadores da falta de Educação neste País são notáveis diariamente em todos os jornais brasileiros! Criticar dessa forma um Governo, com todas as dificuldades que tem, que acho que tem cometido erros, sim, mas são os Governos que cometem erros, que reconhecem os seus erros, que são capazes de corrigi-los! Outros, ficam 14, 15 anos no Poder e depois que perdem o Poder não sabem por que, mas é pela arrogância de não reconhecerem os seus erros!

Então, é impressionante a desfaçatez com que certas opiniões são externadas, pois a grande maioria desse tipo não olha para trás e não vê que, na sua trajetória, também há todos esses problemas, há a matança de Santo André, há a “república de Ribeirão Preto”, há o “mensalão”, há uma porção de outras coisas que não são de todos os Partidos; isso são matrizes de um só Partido neste País, e todo mundo sabe qual é!

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Luis Braz): O Ver. Paulo Odone está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. PAULO ODONE: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, quero cumprimentar as minhas colegas coloradas, mas, levando em consideração a vitória de ontem, a experiência que vocês têm nesses últimos 20 anos, e a experiência que eu tenho de futebol, digo: “cuidado com o salto alto”, porque, senão, o tombo será grande. Mas eu não retiro os meus sinceros cumprimentos pela vitória de ontem, realizada com muita garra.

Senhores, esteve, hoje, nesta Casa, o Secretário da Secretaria da Juventude, Secretaria que o Prefeito Fogaça fez questão que fosse instituída para atingir, talvez, uma das questões mais graves que nós temos. Há alguns assuntos que não podem ser partidarizados. Alguns assuntos são nossos, coletivos, não têm cor político-partidária, e um deles é a guerra, a luta que nós estamos perdendo para a violência, para o desemprego e o desespero.

Nesta semana, Presidente, um garoto, um adolescente de Porto Alegre, suicidou-se, passando para o mundo inteiro, por meio da Internet, os seus procedimentos para o suicídio. Os psicólogos, psiquiatras, sociólogos, estão preocupados olhando para isso.

Há alguns meses, demonstrando que essa questão não tem cor partidária, junto com a Verª Manuela e o Ver. Carrion, nossa Casa acabou aprovando um Substitutivo que apresentamos, no sentido de tentar fazer uma maior inclusão social da juventude, ou seja, trazê-la para participar do mundo cultural, do cinema, do teatro, de qualquer atividade cultural de rua, do esporte, tirando-a da alienação e da exclusão em que está a juventude.

Naquele momento, eu citei aos senhores um estudo que tinha chegado às mãos do Presidente da República com dados terríveis. Ali, eles tinham interrogado quase quatro mil adolescentes neste País. A pesquisa revelava que, de cada cinco jovens brasileiros, dois nunca tinham ido ao cinema; três nunca estiveram no teatro; e metade nunca tinha pisado numa biblioteca fora da escola. Com relação à leitura, 23%, um quarto, declararam nunca ter lido na vida, não leram; um quarto dos adolescentes, da juventude que está convivendo conosco. E 32 %, um terço, não leram nada nos últimos seis meses. Para essa juventude, assim excluída culturalmente, a televisão é a maior ou a quase única fonte de informação.

E quando, agora, em cima dessa Semana, a mídia se preocupou com os números em Porto Alegre, descobrimos que a nossa Cidade é uma das recordistas em suicídios de jovens, na sua maioria homens. E descobrimos, pelos números, em outra pesquisa com eles, que eles estão dizendo, inclusive, a nós políticos, que estão desesperados, porque os números são terríveis com eles. Vejam como eles estão inseridos: 28% participam de algum tipo de grupo - 42% em religiosos, 32% ligados a esporte e 26% a grupos artísticos. Só 28%, os outros 70% não participam de nenhuma atividade coletiva, nem esporte, nada. E sabem o que mais? Eles dizem que têm medo do lazer, da violência que os centros de lazer apresentam para eles. Esses jovens não têm emprego, eles estão, mais da metade deles, desempregados, gente!

Nós estamos perdendo a guerra, estamos perdendo a batalha, e isso não tem cor partidária; isso é responsabilidade nossa. Quando, Ver. Carrion, Verª Manuela, nós aprovamos a Lei aqui, ela não vai resolver nada, mas é muito simbólico, pois é uma vontade pluripartidária de dar ao jovem meia-entrada ao cinema, ao teatro, a qualquer evento, e acesso grátis, até os 15 anos, aos estádios de futebol.

Nós estamos começando a olhar sem partidarismo, para que essa guerra seja recuperada, nós já estávamos com ela quase perdida. Esse desespero, os psiquiatras e os psicólogos estão dizendo, esse número assombrante de suicídios, até pela Internet, este menino se matou, contando o que estava fazendo e recebendo apoio; era talentoso e estava em casa sem assistência da família, sem assistência de grupo, sem inserção na sociedade. E isso é responsabilidade nossa. É por isso que eu não gostaria que essa Semana da Juventude fosse uma coisa ou da Prefeitura ou de Partido de oposição ou não; gostaria que nós participássemos, inclusive, para aprofundar esse debate e começar a entrar muito firmes nessa guerra que está sendo perdida, para poder recuperar a nossa juventude. Eu não quero participar de uma geração política que viu aumentando os percentuais de seus jovens que começaram agora, inclusive, a chegar ao desespero do suicídio. É grave, mas é o alerta que eu faço, é a convocação que eu faço. Muito obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Obrigado, Ver. Paulo Odone. Nós temos algumas matérias para serem votadas na Ordem do Dia que têm uma necessidade de urgência. São Sessões Solenes que vão ser realizadas, e, portanto, nós precisamos votar essas matérias. Então, eu pediria que os Srs. Vereadores que se encontram em seus gabinetes, já que nós temos poucas Lideranças ainda para usarem a palavra, possam vir para o plenário a fim de que nós possamos abrir a Ordem do Dia e votar, pelo menos as urgências. Eu sei que este período até as eleições é complicado, com poucos Vereadores no plenário, principalmente na Ordem do Dia, mas eu pediria que os Srs. Vereadores viessem para o plenário, para que nós pudéssemos fazer as votações necessárias.

O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, algumas vezes eu me preocupo e chego quase a me aborrecer com a insistência de amigos que dizem que eu devo escrever um livro. Na verdade, para ter uma vida completa, eu deveria ter escrito um livro; plantar árvores, eu já plantei, e uma série de outras coisas eu já fiz, mas não vou escrever o livro. Mas isso não é porque eu não tenha uma boa memória. Então, hoje, ouvindo aqui as falas dos meus colegas de Plenário, eu tenho que me lembrar dos problemas da 3ª Perimetral, que teve dificuldades de financiamento em razão do não-pagamento por parte da Administração que saiu, num atraso de dois anos; ela deveria pagar em janeiro de 2003, e, em 2005, o Prefeito Fogaça pagou e então pôde conversar inclusive sobre o Programa Socioambiental, para buscar recursos. Isso é bom que fique muito claro: o Prefeito fez o que deveria fazer, foi a Washington, tudo legal, tudo acertado, sanou a inadimplência da Administração passada. O Conduto Álvaro Chaves só estava no papel, só no papel. E agora está saindo. Claro que quando se faz uma obra de esgotos onde, às vezes, tem que se cavar a cinco ou seis metros de profundidade, isso vai infernizar a vida de muita gente. E quando se encontra uma rua, como a Rua Marquês do Pombal, onde os moradores não aceitaram, não permitiram, discutiram para não passar o conduto naquela rua para que não fossem derrubadas as velhas árvores que lá estão - elas vão cair sozinhas, não tem problema nenhum! -, e o Prefeito atendeu aos anseios da coletividade e transferiu a obra para a Av. Cristóvão Colombo. Isso, realmente, causa transtorno.

Mas eu também, na minha boa memória, me lembro que, em 1992, esta Casa fez uma CPI. E nessa CPI levantou-se uma série de problemas do Departamento de Limpeza Urbana. Como era ano de eleição, nós tivemos dificuldades e as coisas ficaram por isso mesmo. Mas a minha memória me fez lembrar que havia um relatório de auditoria da Administração Tarso Fernando Genro, que auditou a Administração do qual ele era Vice-Prefeito e o Dr. Olívio era o Prefeito. Auditou. E confirmaram aquilo que nós tínhamos levantado na CPI, confirmaram na auditoria! A auditoria foi feita pelo contador Cleber Ibias e pela contadora Enira Dalva Sartori. Essa auditoria, entre outras coisas, diz claramente que o contrato de coleta de lixo firmado entre o DMLU e a empresa - não vou dizer o nome, Coletora de Resíduos Industriais Ltda. -, com duração de doze meses, a contar de 31 de maio de 1992, foi aditivado desde 21 de maio de 1993 até 31 de maio de 1994 sem que o Departamento tenha providenciado uma abertura de nova licitação. Esse é o Departamento que, durante 16 anos, cometeu irregularidades e esta Câmara as levantou várias vezes, e eu fui à tribuna para falar do incinerador de lixo, do motor de explosão que mandaram estudar três dias antes do Dr. Campani e do Dr. Olívio deixarem a Prefeitura, e da balança que pesou mal.

Mas, curiosamente, Ver. Luiz Braz, que preside esta Sessão e que também assinou a solicitação de CPI na oportunidade, essa auditoria concluiu que a balança pesou de forma graciosa, e sugeriu que fossem buscar de volta o dinheiro pago a mais. E aí o Prefeito Tarso Fernando deu um trabalho para o Dr. Favretto; ele teve que dizer que a auditoria estava errada! Então, quando nós viemos falar aqui da Comissão de Inquérito que se quer fazer para o lixo, que se faça, desde que se vá analisar tudo o que aconteceu, porque o que está acontecendo hoje - se é que acontece alguma coisa equivocada - é a continuação dos equívocos havidos no Departamento de Limpeza Urbana. Não é uma coisa nova, está aqui documentado. Esta Casa fez em 1992, e as coisas continuaram do mesmo jeito, porque depois o Dr. Campani voltou ao Departamento de Limpeza Urbana e o Tribunal de Contas mandou-o pagar uma boa importância, e já diz que não é matéria vencida, que ainda pode recorrer. Pode recorrer, mas que foi levantado o problema, foi levantado o problema, e ele foi multado.

Então, eu acho que nós deveríamos trabalhar mais para consertar os erros da Cidade do que para fazer acusações, porque a história do passado do Departamento de Limpeza Urbana, nos 16 anos, eu posso dizer que é igual ao lixo, é negra. Saúde e PAZ!

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): O Ver. Ervino Besson está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. ERVINO BESSON: Meu caro Presidente, Ver. Luiz Braz; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores; senhoras e senhores que nos acompanham nas galerias, especialmente nossos colegas e amigos da Secretaria Municipal da Fazenda; também todas as pessoas que nos acompanham pelo Canal 16 da TVCâmara, saúdo a todos. Em primeiro lugar, carinhosa e alegremente, quero saudar aqui todos os nossos ilustres, queridos amigos e amigas colorados. Lavamos a alma ontem à noite, e, na quarta-feira, se Deus quiser, lavaremos aquele resto que falta. O Rio Grande vai ser tomado de vermelho. Eu acho que uma torcida como a do Internacional merece essa grandiosa alegria. Vão tremular, meu caro, na próxima quarta-feira, as nossas bandeiras.

Agradeço à minha Bancada por ter-me concedido seu tempo de Liderança, principalmente ao meu querido colega Mario Fraga, que ia falar, mas concedeu seu tempo para que eu falasse em Liderança do PDT. Muito obrigado, meus caros colegas Vereadores!

Na linha do pronunciamento do Ver. Paulo Odone, que falou da situação que os nossos jovens estão enfrentando - sem emprego, com uma série de problemas -, é o momento de nós todos fazermos uma reflexão. Não há emprego. Muito se falou nesta tribuna que, por falta de competência administrativa e política - eu digo “administrativa” por causa das pessoas do momento em que se estava instalando a Ford aqui em Guaíba -, a Ford praticamente foi mandada embora aqui do Rio Grande. Quantos jovens desses que estão atirados na rua poderiam estar trabalhando na Ford? E quem viajar um dia para a Bahia vai conhecer onde a Ford está instalada: é praticamente uma cidade!

Há poucos dias, meu caro Ver. Bernardino, nós participamos de uma Audiência Pública, com alguns Vereadores que se fizeram presentes, lá na Zona Sul, na Igreja São Vicente, onde aproximadamente 400 pessoas assinaram o livro de presença, defendendo a instalação de uma empresa lá. A Câmara Municipal se fez presente, e, depois, uma comissão de Vereadores foi lá visitar o local, e, no mesmo dia, deu parecer favorável a que lá a empresa se instalasse. Só que a burocracia deste País é da idade da pedra. Repito, a burocracia deste País é da idade da pedra! Essa empresa está para se mudar de Porto Alegre para Eldorado. Estou fazendo a minha parte, sei que outros Vereadores também estão fazendo a sua parte, e está difícil para conseguir reverter a situação.

Agora, meu caro Presidente, Ver. Luiz Braz, se essa empresa sair de Porto Alegre, principalmente da Zona Sul, onde eu resido, muitas pessoas vão ter que me ouvir - doa a quem doer -, pois uma empresa que presta um relevante trabalho para a Cidade de Porto Alegre, uma presença histórica na Cidade de Porto Alegre pode ir embora. Alguns Vereadores desta Casa vão ter que explicar isso aí para a população de Porto Alegre. Queira Deus que a gente consiga reverter esse quadro, porque se nós não conseguirmos isso não vai ficar assim, porque, como já disse, uma empresa que tem uma história, dá emprego e presta esse relevante trabalho social para a Cidade de Porto Alegre, na área onde executa e desempenha o seu trabalho, está enfrentando todo o tipo de dificuldades, e assim mesmo as coisas não andam.

Eu acho que as coisas boas têm de ser avaliadas pelos dois lados; os dois lados têm que ceder um pouco, e os dois lados têm que ganhar. Agora, da forma como está sendo tratado, da forma como está acontecendo, nós não podemos ficar calados. Esta Cidade - já vou encerrar, Sr. Presidente - elegeu 36 Vereadores e Vereadoras, e nós temos que ter a consciência e a responsabilidade de defender aquilo que é bom para o nosso povo, aquilo que é bom para a cidade de Porto Alegre. Muito obrigado, Sr. Presidente.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Obrigado, Ver. Ervino.

Havendo quórum, passamos à

 

ORDEM DO DIA

 

A SRA. SOFIA CAVEDON (Requerimento): Ver. Luiz Braz, solicitaria que todos os Requerimentos sejam votados no início e juntos, porque na proposta já constam três Requerimentos para Sessões Solenes, e, na última folha, há dois Requerimentos: um de minha autoria e outro da Verª Maristela Maffei, sobre o Fundeb, Fundo de Educação Básica; gostaria que eles também pudessem ser votados no início, considerando que alguns Projetos vão necessitar de 24 Vereadores para votar, e talvez, acabe-se suspendendo a Sessão.

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): V. Exª adenda, então, este Requerimento?

 

A SRA. SOFIA CAVEDON: Antecipo, eles já estão na Ordem do Dia.

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Estou dizendo que adenda, porque essa ordem já está estabelecida, e a Vereadora está solicitando que esses dois, que tinham ficado para o final, possam também ser colocados em primeiro lugar.

Em votação o Requerimento, de autoria das Lideranças da Casa, para a apreciação das seguintes matérias constantes na Ordem do Dia: em primeiro lugar o bloco os seguintes Requerimentos: Requerimento nº 105/06, Requerimento nº 106/06, Requerimento nº 107/06, Requerimento nº 101/06 e Requerimento nº 245/05; logo após, os Projetos: PLL nº 059/06, PLL nº 030/06, PLL nº 044/06, PLL nº 096/06, PLL nº 097/06, PELO nº 005/05, PLL nº 192/04, PLL nº 157/03, PR nº 155/05 e PLL nº 056/06. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

 

REQUERIMENTOS – VOTAÇÃO

 

(encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

REQ. N. 245/05 – (Proc. N. 6285/05 – Ver.ª Maristela Maffei) – requer Moção de Apoio à emenda ao Projeto de Emenda Constitucional do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação - FUNDEB. (incluído em 07-11-05)

 

REQ. N. 101/06 – (Proc. N. 3579/06 – Ver.ª Sofia Cavedon) – requer Moção de Solidariedade à Confederação Nacional de Trabalhadores em Educação – CNTE, à União Nacional dos Estudantes – UNE e à União Brasileira de Estudantes Secundaristas – UBES, pela vigília organizada a favor da votação, pelo Congresso Nacional, do projeto de lei que cria o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (FUNDEB). (incluído em 02-08-06)

 

REQ. N. 105/06 – (Proc. N. 3698/06 - Mesa Diretora) – requer a realização de Sessão Solene no dia 24 de agosto de 2006, às 19 horas, destinada a assinalar o transcurso do 25º aniversário da Rádio Cidade. (incluído em 26-07-06)

 

REQ. N. 106/06 – (Proc. N. 3699/06 - Mesa Diretora) – requer a realização de Sessão Solene no dia 29 de agosto de 2006, às 17 horas, destinada a homenagear o Lar Santo Antônio dos Excepcionais. (incluído em 26-07-06)

 

REQ. N. 107/06 – (Proc. N. 3700/06 - Mesa Diretora) – requer a realização de Sessão Solene no dia 21 de agosto de 2006, às 19 horas, destinada a assinalar o transcurso do 75º aniversário da Sociedade de Engenharia do Rio Grande do Sul. (incluído em 26-07-06)

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Em votação o bloco dos Requerimentos nºs 105/06, 106/06, 107/06, 101/06 e 245/05. A Verª Sofia Cavedon está com a palavra para encaminhar.

 

A SRA. SOFIA CAVEDON: Sr. Presidente, Ver. Luiz Braz; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, há duas Moções de Solidariedade que visam a pressionar, estimular e incentivar a votação final do Fundeb, uma de minha autoria, de solidariedade aos trabalhadores em Educação que estão no movimento nacional para que isso aconteça, e outra da Verª Maristela Maffei, que apóia uma Emenda específica que trata da inclusão das creches, das crianças de zero a três anos, na possibilidade de financiamento, também pelo Fundeb. Eu acho que é importante, por mais que seja a Câmara de Vereadores de Porto Alegre, um dos mais de cinco mil Municípios, é uma Capital, e esta Moção, Ver. Dib, deve chegar aos Deputados, porque o Fundeb já foi aprovado na Câmara Federal, já foi ao Senado, foi aprovado com uma mudança, com algumas emendas, e agora falta a votação final na Câmara Federal para que o Brasil finalmente reconheça a sua Educação Básica, todas as etapas da Educação Básica como etapas fundamentais a serem financiadas igualmente, para que se dê uma cobertura progressiva de 100% à Educação Infantil, ao Ensino Fundamental e ao Ensino Médio.

A nova Constituição Brasileira tinha reconhecido, reconheceu a Educação Infantil, a educação de zero a seis anos, como uma etapa fundamental da educação, trazendo esse atendimento que estava na Saúde, na Assistência, para a área da Educação. E a Educação Infantil, com isso, passou a sofrer um processo de regulamentação, de criação de novas escolas de Educação Infantil; os Municípios foram responsabilizados por esse nível de ensino, só que assim como a Educação Infantil nascia, na seqüência o Fundo de Educação do Ensino Fundamental, o Fundef, acabou por vincular a maior parte dos recursos ao Ensino Fundamental. Isso teve um efeito positivo, porque nós podemos dizer que neste Brasil nós temos uma cobertura de 98% das matrículas do Ensino Fundamental em relação às crianças nessa faixa etária, mas a Educação Infantil sofreu um freio enorme, ao mesmo tempo em que, a partir do sucesso escolar, da inclusão no Ensino Fundamental, houve uma demanda crescente de Ensino Médio, também Ensino Médio e Educação Infantil, que estavam fora do Fundef - do Fundo de Educação de Ensino Fundamental -, sofreram dificuldades de ampliação e qualificação.

E esse processo de construção de um fundo único foi um processo polêmico, mas muito participativo, com o envolvimento dos Secretários Estaduais de Educação, dos Secretários Municipais de Educação, das entidades nacionais representativas de todos os agentes da Educação. Houve uma construção complexa, difícil, mas se chegou a um grande acordo.

Então, estamos na etapa final da votação de uma nova forma de financiamento para a Educação brasileira e que implica, principalmente para o Governo Federal, um aporte de muito mais recursos na Educação Básica. E é, de fato, o grande mote da transformação da Educação brasileira. Tenho certeza de que a aprovação do Fundeb - Fundo de Educação Básica - vai fazer do Brasil um outro Brasil.

Já comemoramos políticas importantes, como o ProUni, que está colocando jovens pobres na universidade, pela primeira vez; comemoramos políticas importantes, como a formação continuada, com mais recursos para a Educação, como a Reforma Universitária, como as políticas afirmativas, como a polêmica proposta - mas que está andando - de política de cotas. Estamos comemorando um Brasil mais igualitário, que oferece educação de qualidade para a sua população. Nós precisamos terminar essa tarefa para uma grande e nova etapa, que é a aprovação do Fundeb.

Então, esta Moção, que parece não ter muito efeito, vai-se somar à pressão dos educadores do movimento social que se faz no Brasil. E acho que ela é correta, porque daremos um passo decisivo para a transformação deste País e para a educação das nossas crianças, dos adolescentes e jovens. Obrigada.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Em votação o bloco dos Requerimentos nºs 105/06, 106/06, 107/06, 101/06 e 245/05. Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO NOMINAL

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. N. 1510/06 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 059/06, de autoria do Ver. Carlos Todeschini, que concede o título honorífico de Cidadão de Porto Alegre ao Padre Roberto Paz.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Carlos Comassetto: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;

- da CECE. Relator Ver. Haroldo de Souza: pela aprovação do Projeto.

 

Observações:

- para aprovação, voto favorável de dois terços dos membros da CMPA – art. 82,   § 2º, V, da LOM;

- votação nominal nos termos do art. 174, II, do Regimento da CMPA;

- incluído na Ordem do Dia em 03-08-06;

- adiada a discussão por duas Sessões.

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Em discussão o PLL nº 059/06. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação nominal. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 26 votos SIM.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO NOMINAL

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. N. 0841/06 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 030/06, de autoria da Ver.ª Neuza Canabarro, que concede o título honorífico de Cidadão de Porto Alegre ao Senhor Cibilis da Rocha Viana.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Ibsen Pinheiro: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;

- da CECE. Relator Ver. Sebastião Melo: pela aprovação do Projeto.

 

Observações:

- para aprovação, voto favorável de dois terços dos membros da CMPA – art. 82,   § 2º, V, da LOM;

- votação nominal nos termos do art. 174, II, do Regimento da CMPA;

- incluído na Ordem do Dia em 07-08-06;

- adiada a discussão por uma Sessão em 07-08-06.

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Em discussão o PLL nº 030/06. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação nominal. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 27 votos SIM.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO NOMINAL

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. N. 1101/06 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 044/06, de autoria do Ver. Aldacir Oliboni, que denomina Rua Sargento Mário Lopes o logradouro não-cadastrado conhecido como Rua Baias, localizado no Bairro Coronel Aparício Borges.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Ibsen Pinheiro: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;

- da CUTHAB. Relator Ver. José Ismael Heinen: pela aprovação do Projeto;

- da CECE. Relatora Ver.ª Manuela d'Ávila: pela aprovação do Projeto.

 

Observações:

-  para aprovação, voto favorável de dois terços dos membros da CMPA - art. 82, § 2º, IV, da LOM;

- votação nominal nos termos do art. 174, II, do Regimento da CMPA;

- incluído na Ordem do Dia em 07-08-06;

- adiada a discussão por uma Sessão em 07-08-06.

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Em discussão o PLL nº 044/06. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação nominal. (Pausa.)

 

O SR. PROFESSOR GARCIA (Requerimento): Antes de começar a votação, pois é alteração de nome, este Vereador propõe - eu quero ver a possibilidade com o Ver. Oliboni - o adiamento da votação por uma Sessão. Eu conheço essa Rua; eu, claro, acredito na posição do Vereador, mas eu gostaria de consultar os moradores para ver se realmente é a vontade da totalidade.

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Em votação o Requerimento do Ver. Professor Garcia, para adiamento da votação por uma Sessão.

 

O SR. ALDACIR OLIBONI: É claro que este Vereador não vai obstruir esta sugestão do nobre Vereador; concordo em adiar por uma Sessão. Mas está no próprio processo, no Requerimento, o abaixo-assinado dos próprios moradores. Portanto, há a concordância. Mas podemos adiar, sem problema nenhum.

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Em votação o Requerimento de adiamento por uma Sessão do PLL nº 044/06.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente, o Requerimento não cabe, uma vez que nós já estávamos na votação, eu até já havia votado.

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Mas acontece o seguinte, Vereador, só se houvesse encaminhamentos, como nós não tivemos encaminhamentos...

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Não houve encaminhamentos, ninguém encaminhou, foi colocado em votação, e eu cheguei a votar.

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Nós estamos dentro do Regimento. Eu peço desculpas a V. Exª, pois nós pedimos, realmente, a abertura do painel, mas já que existe uma dúvida, e é possível fazer o adiamento, e existe inclusive a aquiescência do autor, então colocamos em votação o Requerimento do Ver. Professor Garcia. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que aprovam o Requerimento de adiamento da discussão do PLL nº 044/06 por uma Sessão permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO NOMINAL

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. N. 2410/06 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 096/06, de autoria do Ver. Márcio Bins Ely, que concede o título honorífico de Cidadão Emérito de Porto Alegre ao Senhor César Saut.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Ibsen Pinheiro: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;

- da CECE. Relatora Ver.ª Sofia Cavedon: pela aprovação do Projeto.

 

Observações:

- para aprovação, voto favorável de dois terços dos membros da CMPA – art. 82, § 2º, V, da LOM;

- votação nominal nos termos do art. 174, II, do Regimento da CMPA;

- incluído na Ordem do Dia por força do art. 81 da LOM, em 09-08-06.

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Em discussão o PLL nº 096/06. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação nominal. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 28 votos SIM.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO NOMINAL

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. N. 2415/06 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 097/06, de autoria do Ver. João Bosco Vaz, que concede o título honorífico de Cidadão de Porto Alegre ao Senhor Plínio Fraccaro.

 

Parecer:

- da CCJ. Relator Ver. Mario Fraga: pela inexistência de óbice de natureza jurídica ao Projeto.

 

Observações:

- para aprovação, voto favorável de dois terços dos membros da CMPA – art. 82, § 2º, V, da LOM;

- votação nominal nos termos do art. 174, II, do Regimento da CMPA;

- incluído na Ordem do Dia por força do art. 81 da LOM, em 09-08-06.

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Em discussão o PLL nº 097/06. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação nominal. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 29 votos SIM.

 

RENOVAÇÃO DE VOTAÇÃO NOMINAL

 

(encaminhamento: autor e bancadas/05minutos/sem aparte)

 

2º TURNO

 

PROC. N. 1438/05 - PROJETO DE EMENDA À LEI ORGÂNICA N. 005/05, de autoria do Ver. João Antonio Dib, que inclui dispositivos nos artigos 56 e 58 da Lei Orgânica do Município de Porto Alegre, atribuindo competência às Comissões Permanentes da Câmara Municipal para a discussão e votação de projetos de denominação de próprios municipais, vias e logradouros públicos. Com Emenda n. 03.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Ibsen Pinheiro: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto e da Emenda n. 01;

- da CUTHAB. Relator Ver. Raul Carrion: pela aprovação do Projeto e da Emenda n. 01, e pela rejeição da Emenda n. 02;

- da CECE. Relator Ver. Haroldo de Souza: pela aprovação do Projeto e da Emenda n. 01.

 

Parecer-Conjunto:

- da CCJ, CUTHAB e CECE. Relator-Geral Ver. Bernardino Vendruscolo: pela rejeição da Subemenda n. 01 à Emenda n. 01 e pela aprovação da Emenda n. 03.

 

Observações:

- para aprovação voto favorável de dois terços dos membros da CMPA, em ambos os turnos - art. 130 do Regimento da CMPA;

- votação nominal nos termos do art. 174, II, do Regimento da CMPA;

- retirada a Emenda n. 02;

- prejudicada a votação da Subemenda n. 01 à Emenda n. 01 nos termos do art. 55 do Regimento da CMPA;

- adiada a votação por uma Sessão, em 14-06-06;

- incluído na Ordem do Dia em 25-05-06;

- aprovado em 1º Turno o Projeto e a Emenda n. 03 e rejeitada a Emenda n. 01,  em 21-06-06;

- renovação de votação nos termos do art. 196 do Regimento da CMPA.

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Em renovação de votação nominal, em segundo turno, o PELO nº 005/05. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 29 votos SIM.

Em  renovação de votação nominal, segundo turno, solicitada por esta Presidência, a Emenda nº 003 ao PELO nº 005/05. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADA por 26 votos SIM.

O Ver. Todeschini diz que vota “sim”. Já foi apregoado o resultado de 26 votos SIM, mas V. Exª manifesta a sua intenção de votar favoravelmente.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. N. 4320/04 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 192/04, de autoria do Ver. Beto Moesch, que institui o Programa de Incentivos ao Desenvolvimento da Área Central de Porto Alegre e dá outras providências. (desarquivado pela Verª Mônica Leal)

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Paulo Odone: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;

- da CEFOR. Relator Ver. Adeli Sell: pela aprovação do Projeto;

- da CUTHAB. Relator Ver. Bernardino Vendruscolo: pela aprovação do Projeto;

- da COSMAM. Relatora Ver.ª Mônica Leal: pela aprovação do Projeto.

 

Observações:

- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA – art. 113 da LOM;

- incluído na Ordem do Dia em 07-08-06;

- discutiu a matéria o Ver. C.Comassetto em 07-08-06.

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Em votação o Requerimento, de autoria da Verª Mônica Leal, que requer o adiamento da discussão do PLL nº 192/04 por duas Sessões. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. N. 3084/03 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 157/03, de autoria do Ver. Dr. Goulart, que dá nova redação ao art. 4.º do texto em vigor da Lei n. 6.442, de 11 de setembro de 1989 (Dispensa a apresentação de atestado médico para renovação da carteira de identificação de portadores de deficiência física, visual ou auditiva irreversível). Com Emendas nos. 01 e 02.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relatora Ver.ª Maristela Maffei: pela inexistência de óbice de natureza jurídica ao Projeto e à Emenda n. 01; Relator Ver. Carlos Todeschini: pela inexistência de óbice de natureza jurídica à Emenda n. 02;

- da CEFOR. Relator Ver. João Antonio Dib: pela aprovação do Projeto e das Emendas nos. 01 e 02;

- da CUTHAB. Relator Ver. José Ismael Heinen: pela aprovação do Projeto e das Emendas nos. 01 e 02;

- da CEDECONDH. Relator Ver. Ervino Besson: pela aprovação do Projeto e das Emendas nos. 01 e 02;

- da COSMAM. Relator Ver. Haroldo de Souza: pela aprovação do Projeto e das Emendas nos. 01 e 02.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 24-10-05.

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Em discussão o PLL nº 157/03. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

Em votação a Emenda nº 01 ao PLL nº 157/03. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.

Em votação a Emenda nº 02 ao PLL nº 157/03. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.

 

DISCUSSÃO GERAL

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte)

 

1ª SESSÃO

 

PROC. N. 7126/05 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N. 155/05, de autoria da Ver.ª Margarete Moraes, que inclui § 1º, renumerando os demais, no art. 102 da Resolução n. 1.178, de 16 de julho de 1992, e alterações posteriores (Regimento da Câmara Municipal de Porto Alegre), excluindo do anúncio dos projetos e substitutivos a cópia das proposições.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Ibsen Pinheiro: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;

- da CEFOR. Relator Ver. João Antonio Dib: pela aprovação do Projeto;

- da CUTHAB. Relator Ver. José Ismael Heinen: pela aprovação do Projeto.

 

Observações:

- discussão geral nos termos do art. 126, § 1º, do Regimento da CMPA;

- incluído na Ordem do Dia em 07-08-06.

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Em discussão o PR nº 155/05. (Pausa.) A Verª Margarete Moraes está com a palavra para discutir.

 

A SRA. MARGARETE MORAES: Sr. Presidente, Ver. Luiz Braz; Vereadoras e Vereadores, quando eu era Presidenta desta Casa, eu passei a conhecer os detalhes do seu funcionamento e a tentativa de um bom funcionamento interno no que diz respeito à democracia, à agilização dos processos internos, Ver. Luiz Braz, à modernidade, à informatização de tudo isso que acontece no mundo de hoje. Eu não consegui encaminhar todas as idéias que me colocaram, nem tudo que eu imaginava que seria bom. Mas eu quero lembrar que, quando cheguei, Verª Maristela Meneghetti, eu fiquei muito espantada com o número de papel dispersado nesta Casa - muito, muito papel -, e o Ver. Sebastião Melo era militante dessa idéia de que se fizesse bom uso da informatização da Casa, pois nós desperdiçamos muito papel, e que a gente deveria aprender a lidar com toda essa tecnologia, com toda essa contemporaneidade. Sendo assim, eu estou apresentando esse Projeto de Resolução, que exclui do anúncio de projetos e substitutivos a cópia das proposições. Então, qualquer Vereador poderá consultar o site, a página da Câmara Municipal e ver qual é o conteúdo dessas proposições que estão protocoladas na Casa, e é possível acessar isso sem nenhum problema. E não existe a necessidade de impressão. Então, conforme o interesse de cada um, os Parlamentares poderão consultar, às vezes, há muitas que se referem à denominação de ruas, de logradouros; outras de conteúdo simples e de fácil compreensão, não havendo a necessidade de reprodução em grande escala. Essa foi uma idéia da Diretoria Legislativa desta Casa, a quem eu tenho a honra de levar neste momento, ficando garantida a distribuição, em forma impressa, dos conteúdos dos pareceres e das emendas que ainda não estão disponibilizados na pagina da Câmara. E também dos materiais de conteúdo mais forte, que dizem respeito às matérias orçamentárias e projetos de códigos.

E nós também, ao mesmo tempo, queremos resolver o problema, requerendo à Mesa Diretora, Ver. Luiz Braz, que diligencie junto à assessoria de informática, a disponibilização na página da Câmara a íntegra dos Substitutivos, uma vez que se tratam de proposições substitutivas às proposições principais. Eu quero, ver. Haroldo, contribuir com a economicidade do dinheiro público - é papel demais que nós recebemos; basta acessar a página da Câmara -, mas, sobretudo, dar agilidade aos processos, aprimorando o funcionamento interno desta Casa. Eu gostaria de ter apresentado este Projeto de Resolução antes, mas não consegui, e estou fazendo agora.

Então, não é uma questão burocrática, é administrativa, é pelo bom funcionamento da Casa, pela agilização dos processos, e pela economia de papel também. Muito obrigada.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): A Verª Clênia Maranhão está com a palavra para discutir o PR nº 155/05.

 

A SRA. CLÊNIA MARANHÃO: Sr. Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, rapidamente, Sr. Presidente, eu queria colocar algumas análises sobre essa temática que trouxe aqui a Vereadora, que inclusive é ex-Presidenta da Casa, conhece muito bem os meandros internos do nosso Parlamento. Eu também acho importante que, mesmo sendo um Projeto que se refere à otimização dos serviços deste Parlamento - a tentativa de redução dos gastos com papel -, nós façamos essa discussão pública, porque nós estamos tratando de um princípio da gestão pública dos Estados Democráticos, que é a questão da economicidade. Muitas vezes nós preservamos, dentro das instituições públicas, alguns procedimentos que ficam obsoletos, que não são modernizados e que terminam provocando um atraso nos procedimentos, nas definições das políticas públicas. Essas medidas que não acompanharam as evoluções tecnológicas, além de atrasar os resultados, a eficácia e a eficiência do Poder Público, são mais dispendiosas. Isso acaba também promovendo uma enorme diferença dos procedimentos entre as instituições públicas e privadas e faz com que as pessoas acabem analisando incorretamente o desempenho do Poder Público. Então, eu acho que essas medidas, são medidas que reduzem o consumo de papel e otimizam os procedimentos da Casa, dando-lhes visibilidade através da Internet, também são políticas e decisões que dialogam com as demandas dos movimentos ambientalistas, porque o desperdício de papel é um desperdício de dinheiro público e é também um desperdício do ponto de vista dos recursos naturais fundamentais de serem preservados. Então, eu queria, no bojo desse Projeto da Verª Margarete, sugerir que nós - as Lideranças desta Casa, a Mesa Diretora - pudéssemos construir também outros procedimentos de otimização dos nossos serviços, de aceleração das nossas rotinas, porque, se todos os Poderes começam hoje a procurar rotinas mais otimizadas, é também muito importante que nós comecemos a pensar no próprio procedimento legislativo, que ainda é muito moroso, em um momento em que as tecnologias propiciam atendimentos tão rápidos, atendimentos tão imediatos.

Acho que é uma iniciativa interessante, queria apenas colocar essas avaliações, para incentivar que nós, as Vereadoras, os Vereadores, os Diretores desta Casa, possamos colocar no centro das nossas preocupações esse tipo de sugestão e outros tipos de sugestões que venham a modernizar a gestão da Câmara Municipal de Porto Alegre.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Encerrada a discussão em primeira Sessão do PR nº 155/05.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. N. 1408/06 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 056/06, de autoria do Ver. Raul Carrion, que denomina Praça da Família Imigrante o logradouro não-cadastrado, conhecido como Praça 1054, localizado no Bairro Centro.

 

Parecer:

- da CCJ. Relator Ver. Almerindo Filho: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia por força do art. 81 da LOM, em 09-08-06.

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Em discussão o PLL nº 056/06. (Pausa.) O Ver. Raul Carrion está com a palavra para discutir.

 

O SR. RAUL CARRION: Exmo. Ver. Luiz Braz, que preside os trabalhos, demais Vereadores e Vereadoras, não vou usar os cinco minutos, mas queria, rapidamente, fazer menção à origem desse Projeto, Praça da Família Imigrante, que é a Praça 1054, que fica ali na Rua Riachuelo, praticamente na Rua Caldas Junior, que era a antiga Rua da Ponte ou Rua do Cotovelo - Ver. Dib deve ter conhecido ainda com esse nome. Essa proposta foi da Associação dos Amigos do Arquivo Público do Rio Grande do Sul, órgão que comemora este ano seu centenário, através do Engenheiro Agrônomo João Guilherme Burnett e sua esposa Sônia Burnett, respectivamente Presidente e Secretária da Associação. A Praça foi um local adotado por essa Associação, que era praticamente um terreno baldio, e ali essa Associação e posteriormente a Associação de Estudos de Genealogia, que iam ao Arquivo Público para pesquisar a genealogia dos sobrenomes das famílias imigrantes, fizeram dali um local de encontro, de conversa e adotaram esse espaço que era totalmente abandonado, o cercaram para preservá-lo, colocaram toda uma vegetação, e hoje, exatamente no ano do centenário do Arquivo Público, nós estaremos dando essa denominação que faz referência a todas essas etnias que criaram o nosso Estado, que se pode dizer um Estado, no Brasil, talvez ímpar, por essa contribuição de imigrantes. Nós temos aqui, evidentemente, portugueses, espanhóis, italianos, alemães, poloneses, japoneses, pomeranos, austríacos, e os negros, que têm uma contribuição básica para a nossa psicologia, para a nossa realidade.

Então, ao denominarmos essa Praça, não é uma mera colocação de nome, Ver. Elói Guimarães, mas estamos ressaltando essa grande contribuição das múltiplas etnias e essa particularidade do nosso Rio Grande, onde a diversidade é vista como enriquecimento, e não como algo que gere desigualdade.

É isso. Espero, evidentemente, a votação do conjunto dos Srs. Vereadores. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Não há mais quem queira discutir o PLL nº 056/06. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

Cumprimos toda a pauta combinada pelas Lideranças da Casa. Estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.

 

(Encerra-se a Sessão às 17h10min.)

 

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